A democracia se arrisca | VEJA

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A Reunião Nacional, partido de Marine Le Pen, obteve 33% dos votos. Caso a vitória se confirme no segundo turno, no próximo domingo, a França deverá ter um governo de ultradireita.

As eleições não estavam marcadas para acontecer agora, foram antecipadas por Macron, numa aposta desnecessária e extremamente perigosa, que deixou o mundo inteiro perplexo e muito preocupado. Como agora está claro, com razão.

O debate entre Joe Biden e Donald Trump, na última quinta-feira, foi arrepiante. Com as habituais mentiras descaradas, Trump apenas nos deixou com pressa. Os arrepios vieram da confirmação de rumores que se acumulavam há muito tempo: Joe Biden não tem condições intelectuais para ser um candidato minimamente viável.

Multiplicaram-se as vozes anti-Trump pedindo a substituição de Biden (não há sinais de que tais pedidos serão atendidos, pelo contrário). Há duas questões que permanecem sem resposta: 1) como foi possível que os democratas não se apercebessem de antemão da dimensão do risco que Biden representaria? e 2) ainda há tempo para evitar o desastre que será uma nova presidência de Trump?

No Brasil, onde Bolsonaro passou quatro anos lutando contra a democracia e até tentou um golpe de Estado, um grande número de políticos que não podem ser chamados de extrema direita insistem em defendê-lo e associar-se a ele.

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Lula e o PT, por sua vez, continuam a assediar quem não é petista e insistem em declarações e medidas tolas, alimentando a extrema direita.

A falta de cuidado que os políticos tradicionais têm demonstrado na defesa da democracia é preocupante e lembra acontecimentos ocorridos em outros tempos. Em 1924, o rei Vittorio Emmanuele III recusou-se a permitir que a República se defendesse contra Mussolini e nomeou-o primeiro-ministro, abrindo caminho para a ditadura fascista.

Em 1933, Hitler não deu um golpe de Estado: a ideia de nomeá-lo primeiro-ministro partiu de um político tradicional, Franz Von Pappen; o convite foi formalizado pelo presidente eleito, Paul Hindenburg; e a lei que lhe conferiu os poderes pelos quais se tornou ditador foi aprovada pelo Parlamento.

Em 1935, o estado de emergência que daria a Vargas os poderes necessários para instaurar a ditadura foi aprovado pouco depois pelo Congresso. Em 1964, o golpe militar que mergulharia o Brasil numa ditadura de 21 anos foi apoiado por muitos políticos tradicionais, incluindo alguns que pretendiam concorrer à presidência no ano seguinte.

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A história não deixa dúvidas: a ideia de que é possível manter sob controle os políticos que querem derrubar a democracia não passa de uma alucinação.

É incrível que neste momento ainda haja tantas pessoas brincando com isso.

(Por Ricardo Rangel em 01/07/2024)

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