O julgamento que decidirá o futuro de Ednaldo Rodrigues na presidência de Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em pauta Supremo Tribunal Federal (STF) desta quarta-feira, 9, pode resultar em derrotas para a seleção brasileira, masculina e feminina, além de clubes nacionais.
Isto porque, desde o ano passado, o FIFA se posiciona contra o afastamento de Ednaldo, por entender que há interferência externa nas atividades da Confederação, já tendo ameaçado deixar a Seleção e clubes fora de competições internacionais, como a Copa Libertadores, a Copa Sul-Americana, o Pré-Olímpico, entre outras . A pena não seria inédita.
Em 2022, a Federação Indiana de Futebol foi punida pela FIFA por ter sofrido “interferência externa”, o que resultou, entre outras consequências, na desistência do país da Copa do Mundo Feminina Sub-17. Outra punição poderia ser a perda do direito do Brasil de sediar a Copa do Mundo Feminina de 2027.
Apesar de já ter sido escolhido como sede da décima edição da principal competição de seleções do futebol feminino, o país pode ser substituído por ordem da FIFA, organizadora e detentora dos direitos do evento. Todos os riscos foram comunicados à CBF em ofícios enviados pela FIFA no momento da decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) que afastou Ednaldo Rodrigues da presidência.
Nas declarações, a entidade internacional deixou claro que interferências externas na CBF poderiam levar à suspensão da Confederação, que perderia todos os direitos de filiação. Os ministros decidirão, na Ação Direta de Inconstitucionalidade 7.580, se avalizam uma liminar de Gilmar Mendes que substituiu Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF.
A liminar foi concedida após o TJRJ determinar o afastamento de Ednaldo em dezembro de 2023. Um mês depois, Gilmar Mendes suspendeu a decisão da Justiça do Rio de Janeiro que afastou Ednaldo do cargo. Ao decidir pela continuidade de Ednaldo na Confederação, Gilmar Mendes destacou o “evidente perigo de dano” caso a decisão da Justiça do Rio de Janeiro fosse mantida.
“É necessária a concessão de medida cautelar capaz de salvaguardar a atuação – ao que tudo indica constitucional – da entidade ministerial, consubstanciada em diversas medidas judiciais e extrajudiciais tramitadas em todo o país”, explicou o ministro na decisão.
Após a liminar, o espanhol Emílio García, diretor jurídico da FIFA, esteve na sede da CBF para avaliar a situação política da entidade e afirmou estar aliviado com a decisão judicial. “Ficamos felizes e aliviados com a decisão do Supremo que reintegrou o presidente Ednaldo. O mais importante para a FIFA e para a Conmebol é que o futebol brasileiro tenha escolhido o presidente Ednaldo, é a Assembleia Geral da CBF que tem competência para isso”, afirmou Garcia, na época.
Entenda o caso
Em 2018, o Ministério Público do Rio de Janeiro ajuizou Ação Civil Pública contra a CBF por entender que o estatuto da entidade não estava de acordo com a Lei Pelé. A regra previa peso igual entre federações e clubes de futebol.
Porém, em meio ao processo, o então presidente da entidade, Rogério Caboclo, foi afastado do cargo por denúncias de assédio sexual. Ednaldo Rodrigues era vice-presidente na época e assumiu interinamente a presidência.
Como presidente interino, Ednaldo negociou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MPRJ, que resultou na anulação da eleição de Caboclo e na realização de uma nova eleição, o que acabou por colocar efetivamente o próprio Ednaldo na presidência.
O TAC – e suas consequências – desagradou a gestão de Caboclo, que alegou não ter sido consultado sobre o acordo e acabou prejudicado, pois teve que deixar a diretoria. Gustavo Feijó, que era vice na época de Caboclo, foi à Justiça pedindo a anulação do TAC e a destituição de Ednaldo do cargo.
A alegação era de que um juiz de primeira instância não tinha competência para aprovar o acordo entre o Ministério Público e a CBF. Em 7 de dezembro de 2023, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro acatou o pedido, concluiu pela nulidade do Termo de Ajustamento de Conduta, afastou Ednaldo da presidência e, na mesma decisão, nomeou o então presidente do Tribunal Superior do Estado. Justiça Desportiva (STJD), José Perdiz de Jesus, como interveniente. Em janeiro de 2024, Gilmar Mendes suspendeu a decisão do TJRJ.
Em janeiro, Ednaldo afirmou, em entrevista exclusiva ao colunaque não concorrerá mais à reeleição na CBF. A declaração foi refletida nos primeiros jornais e noticiários de televisão do país.
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