Idadismo: Mais de 40% de jovens já sentiram discriminação no trabalho devido à idade

Idadismo: Mais de 40% de jovens já sentiram discriminação no trabalho devido à idade



Mais de um quarto dos jovens trabalhadores sentiram-se discriminados com base na sua idade durante todas as fases do emprego, incluindo o processo de recrutamento, promoções e até despedimento.

Esta é uma das conclusões do estudo divulgado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, que analisou o mercado de trabalho português para perceber como as diferentes gerações se veem.

Jovens e desenvolvimento sustentável

O estudo “Compreender o preconceito de idade em relação aos trabalhadores mais jovens e mais velhos” foi apresentado este dia 12 de agosto para assinalar o Dia Internacional da Juventude, proclamado pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Este ano, a ênfase está no papel fundamental dos jovens na utilização da tecnologia para promover o desenvolvimento sustentável.

Numa mensagem que celebra o Dia Internacional da Juventude, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, defende que é necessário “colmatar as clivagens digitais, aumentar os investimentos na educação, no pensamento crítico e na literacia informacional, combater os preconceitos de género que muitas vezes dominam a indústria tecnológica e apoiar os jovens inovadores na expandindo soluções digitais.”

Um em cada três sofre discriminação

Em conversa com a ONU News, a partir de Lisboa, a investigadora Susana Schimtz, uma das autoras da investigação, destaca dois resultados chave do projeto.

“Um terço dos portugueses referiu já ter vivido alguma situação de discriminação moderada ou elevada devido à sua idade. E o grupo mais jovem foram os que reportaram maior nível de discriminação, ou seja, 42% dos jovens.”

A faixa etária entre 18 e 35 anos é considerada mais discriminada, com acusações de falta de comprometimento, falta de ética no trabalho e arrogância. Schimtz explica que este tipo de discriminação é bastante prejudicial tanto para os grupos mais velhos como para os mais jovens, uma vez que aqueles que são alvo do preconceito de idade estão menos comprometidos com a organização onde trabalham.

Impacto na saúde mental e no salário

No caso dos mais jovens, a investigadora aponta diversas consequências como “um maior nível de stress, uma maior deterioração da saúde mental e uma maior vontade de sair da organização”.

O estudo também concluiu que os trabalhadores mais jovens tendem a receber um salário mais baixo. O grupo relata falta de valorização profissional, recebe comentários depreciativos, é visto como menos competente e sente que tem menos oportunidades de desenvolvimento do que os seus colegas mais velhos.

A situação pode levar ao aumento dos conflitos interpessoais no local de trabalho, à menor satisfação no trabalho, ao maior desejo de sair da organização, ao aumento dos níveis de stress, à pior saúde mental e física em todas as faixas etárias.

Aumentar a conscientização sobre o problema

O grupo de investigadores defende que o combate ao idadismo deve ser uma prioridade em Portugal e aponta vários caminhos, que passam sobretudo pela sensibilização da população para o tema, mas também pelo maior contacto intergeracional e pela promoção de programas de mentoria.

Susana Schmitz explicou que as organizações podem desempenhar um papel importante através da formação, na qual falam e exemplificam formas de como isso pode acontecer nas decisões de Recursos Humanos.

O conceito de preconceito de idade

O conceito foi usado pela primeira vez em 1969 por Robert N. Butler, um psicólogo americano. Embora o termo seja menos conhecido do que outros tipos de discriminação como racismo, machismo ou homofobia, ele é utilizado no meio acadêmico há algumas décadas. Schimtz destacou que o preconceito de idade “acontece quando inferimos algo negativo sobre uma pessoa apenas com base na sua idade”.

A investigadora explica que o idadismo manifesta-se, normalmente de forma negativa, através de comportamentos discriminatórios, estereótipos e atitudes mais ligadas à emoção. A Análise foi coordenada por David Patient, professor de Liderança na Vlerick Business School, com sede na Bélgica.

* Sara de Melo Rocha, de Lisboa para UN News



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