A Faixa de Gaza tem sido alvo de ataques das forças israelitas, incluindo bombardeamentos aéreos, terrestres e marítimos. Os atos causam vítimas civis e destruição de edifícios residenciais e infraestruturas públicas, agravando os desafios humanitários.
Esta segunda-feira, um novo inquérito do Gabinete das Nações Unidas para os Direitos Humanos revelou que 136 ataques durante o conflito tiveram impacto em hospitais e outras instalações de saúde entre 7 de outubro de 2023 e 30 de junho de 2024.
Impedimentos de missões humanitárias
O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, relatou disparos de foguetes por grupos armados palestinos contra Israel.
A agência disse que o número total de crianças mortas nos primeiros sete dias de 2025 aumentou para 74, com as recentes mortes de oito recém-nascidos por hipotermia devido ao inverno frio e à falta de abrigo e suprimentos.
No domingo, o coordenador humanitário da ONU para o Território Palestino Ocupado iniciou uma visita à Cidade de Gaza
Nas ações de ajuda realizadas em dezembro, a Agência de Assistência e Obras da ONU para os Refugiados Palestinianos, Unrwa, revela uma taxa de rejeição de 70% das 190 missões planeadas para Gaza, a mais elevada dos últimos seis meses.
Numa declaração separada, o Gabinete de Assistência Humanitária da ONU, Ocha, disse ter planeado 5.321 movimentos humanitários juntamente com parceiros na área de conflito, incluindo 3.707 no sul e 1.614 no norte.
Cerca de 24% dessas cargas foram negadas, 19% passaram por barreiras, 48% entraram e 9% foram canceladas.
Futuro melhor para as crianças
No domingo, o coordenador humanitário da ONU para o Território Palestino Ocupado iniciou uma visita à Cidade de Gaza. Muhannad Hadi apelou ao fim da guerra para garantir um futuro melhor para as crianças da região e de toda a região.
O vice-coordenador especial para o Processo de Paz no Médio Oriente reuniu-se com representantes de organizações não governamentais e, na Igreja da Sagrada Família, gravou uma mensagem vídeo com menores deslocados.
Para o representante, “já não é necessário dizer que as igrejas, mesquitas, civis e todas as infraestruturas civis devem ser protegidas”. Destacou que estes locais só poderão ser protegidos com um cessar-fogo que dite o fim da guerra.
Num apelo ao fim do conflito, disse que os jovens deslocados de Gaza “merecem regressar às suas casas” e que não haverá futuro brilhante para as crianças sem educação e cuidados de saúde adequados.
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