Considerado um dos melhores guitarristas do mundo, Eric Gales, Aos 49 anos, já era considerado um prodígio aos 15 anos. Seu talento precoce o levou a ser comparado a gênios como Jimi Hendrix, que era canhoto como ele. Ao longo de sua carreira ele acumulou amigos igualmente talentosos como Zakk Wylde e Joe Bonamassa que apareceram em seus álbuns incluindo o mais recente Coroa.
O músico se apresenta no Brasil este mês no festival O melhor dos azuis, ao lado de Wylde e Bonamassa, no Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba. Confira a programação completa no final do texto. Gales conversou por videoconferência com VEJA e falou sobre sua paixão pelo Brasil. Depois de enfrentar o vício em drogas, ele diz que se livrou dele com a ajuda da música e do blues. Confira abaixo os melhores trechos.
A última vez que você esteve no Brasil foi em um festival de jazz em Saquarema, no Rio de Janeiro. Que lembranças você tem do país? Já visitei o Brasil algumas vezes. Minhas lembranças são apenas a energia e as vibrações maravilhosas das pessoas e do lindo lugar. Amo tanto o Brasil que quando chega a hora de voltar a gente não quer. Conheci pessoas lindas e momentos incríveis. Quando descobri que tocaríamos aqui novamente, fiquei imediatamente animado.
A música brasileira influenciou você de alguma forma? Eu sou uma pessoa muito enérgica. Então tudo é energia para mim. Gosto dos grooves da música brasileira, como a capoeira. Certa vez, toquei um “riff” de capoeira em um show no Brasil e imediatamente todos souberam o que era. Foi muito intenso. Eu gosto desse tipo de coisa.
Joe Bonamassa e Zakk Wylde, que são seus amigos, também tocarão no Best of Blues. Como é seu relacionamento com eles? Temos uma amizade de longa data. Ambos tocaram em meus discos. Será uma noite incrível e emocionante para nós três. Eles são os caras mais selvagens e loucos que conheço.
Seu novo álbum, Coroahá uma música chamada Você não conhece o blues. Afinal, o que é o blues? Boa pergunta. O blues é muito amplo. Pode ser triste. É definitivamente muito emocionante. Se você realmente não passou por momentos difíceis, talvez não conheça necessariamente o blues. E isso não é uma coisa ruim.
Falando nisso, você enfrentou alguns momentos difíceis recentemente, como o vício em drogas. Como o blues ajudou você a superar sua fase? Só de poder tocar, cantar e falar sobre isso me ajudou. Foi quase uma terapia. A terapia, aliás, também é ótima para liberar algumas coisas. Mas só poder falar sobre tudo em um único disco me fez enfrentar momentos difíceis. Quando jogo, esqueço tudo e me sinto livre.
Você é considerado um dos melhores guitarristas do mundo hoje. Qual é o segredo? Não pare. Aprenda tudo que puder. Qualquer detalhe é importante em sua jornada. Às vezes você pode ficar frustrado ou distraído, e não há nada de errado com isso. O objetivo é lembrar de voltar e tentar novamente no futuro. Isso vale para qualquer coisa, não apenas para tocar violão. Apenas mantenha o curso.
Aos 15 anos, você era considerado um prodígio da guitarra. Como você lidou com essa pressão desde cedo? Eu senti que era uma responsabilidade muito grande naquele momento. Mas agora não sinto mais isso. Descobri meu jeito de jogar e sei exatamente meu lugar no mundo. Não é minha responsabilidade lidar com essa pressão. Eu apenas aproveito o momento onde quer que esteja e isso funciona bem para mim.
Você fica frustrado se perde uma nota ou comete um erro durante um show? Sem chance. Estou comprometido apenas com meus sentimentos e minha alma. Se você cometer um erro, você cometerá um erro. Se alguém continua procurando o erro, está fazendo a coisa errada. Errar faz parte da vida. É o que nos torna humanos. É natural. Se acontecer, que assim seja.
Você é canhoto e toca com as cordas invertidas, como Jimi Hendrix. Existe uma maneira correta de posicionar as cordas do violão? Foi assim que aprendi a tocar. Não existe maneira certa ou errada, desde que seja a maneira mais confortável e que funcione para você. Não há manual. E se existe um manual que diz isso, está errado. Se você gosta de brincar de cabeça para baixo, de costas ou deitado, que assim seja.
SERVIÇO:
Melhor de Blues e Rock 2024
Local: Vivo Rio (Av. Infante Dom Henrique, 85 – Parque do Flamengo – Rio de Janeiro/RJ)
Data: Quinta e sexta-feira, 20 e 21 de junho de 2024
Tempo: 20h30 (abertura dos portões às 18h30)
Escalação quinta-feira: Eric Gales e Joe Bonamassa
Escalação sexta-feira: Zakk Sabbath e Kiko Loureiro
Ingressos: a partir de R$ 195,00 (meia-entrada)
Local: Público externo no Auditório Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Ibirapuera – São Paulo/SP)
Data: Sábado, 22 de junho de 2024
Tempo: 14h (abertura dos portões às 12h)
Alinhar: Di Ferrero, CPM 22, Eric Gales, Joe Bonamassa e Zakk Sabbath
Ingressos: a partir de R$ 250,00 (meia entrada)
Local: Ao Vivo Curitiba (Rua Itajubá, 143 – Novo Mundo – Curitiba/PR)
Data: Domingo e segunda-feira, 23 e 24 de junho de 2024
Tempo: 20h (abertura dos portões às 18h)
Programação domingo: Hibria e Zakk Sábado
Escalação segunda-feira: Eric Gales e Joe Bonamassa
Ingressos: a partir de R$ 195,00 (meia entrada)
Local: Mister Rock (RAv. Tereza Cristina, 295, Belo Horizonte/MG)
Data: Terça-feira, 25 de junho de 2024
Tempo: 21h (abertura dos portões às 18h)
Alinhar: Zakk Sabbath e Yohan Kisser
Ingressos: a partir de R$ 245,00 (meia entrada)
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