Lucas Paraizo fala de nova temporada de Os Outros:…

Lucas Paraizo fala de nova temporada de Os Outros:…



Quando ele decidiu escrever uma nova temporada de Os outros, Lucas Paraizo tinha em mente que queria mudar o ambiente mostrado no primeiro. Enquanto no início da história o público via Cibele (Adriana Esteves) e Wando (Milhem Cortaz) em pé de guerra após seus filhos adolescentes brigarem na quadra do condomínio de classe média da Barra da Tijuca, na nova fase o o drama ganha tons ainda mais sombrios em outro condomínio, agora com casas luxuosas, mas no mesmo bairro, e com o miliciano Sérgio (Eduardo Sterblitch) causando novos conflitos com a vizinha Raquel (Leticia Colin). Em entrevista a VEJA, o autor detalhou suas escolhas para a nova fase da série Globoplay.

Confira a entrevista completa:

Depois dos acontecimentos da primeira temporada, que história você queria contar agora nesta nova fase da Os outros? Os Outros continua a ser uma história sobre a intolerância, que existe em múltiplos espaços. Quando mudamos de condomínio é um pouquinho para mostrar isso, para fazer uma certa diferença em relação à primeira temporada. Fiquei muito tempo fazendo Sob pressãouma série que sempre aconteceu dentro de um hospital, o que é uma limitação. Talvez tivesse sido mais fácil ficar no mesmo condomínio, mas, conversando com a diretora da série, Luísa Lima, entendemos que a intolerância estava em outros espaços, daí a ideia de fazer uma nova temporada num novo condomínio. E também temos que responder à pergunta ‘Onde está o Marcinho?’, deixada no final da primeira. Então agora vamos responder essa pergunta, continua sendo uma série sobre Cibele e Marcinho, sobre maternidade, mas também ampliamos com a introdução de Raquel, personagem de Letícia Colin, que também tem uma relação com a maternidade, sob outro ponto de vista. visualizar.

Um dos personagens da série, Sérgio (Eduardo Sterblitch), é um miliciano que foi preso na primeira temporada, mas agora começa a mudar a situação, eleito vereador no Rio de Janeiro. Queria ilustrar a impunidade do Brasil com ele? Acho que a impunidade é causada por outra questão, que também existe em outras instâncias e em outros personagens, que é o perdão. A ideia do Perdão como algo obrigatório, porque temos a obrigação de perdoar mas sem entender o porquê. Então é revelador, salvador, e acho que a questão do perdão está presente em vários personagens. E também estamos abordando esta área de por que aqueles que deveriam ser condenados parecem estar perdoados. Mas tratamos do perdão através de vários personagens, como a própria Cibele, Raquel – que é a primeira a falar em perdoar, mas o que significa perdoar?

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Como a religião de Raquel impacta a história de Os outros? Vivemos num país que se torna cada vez mais um país cristão, com valores cristãos e sem qualquer julgamento. Isso é um fato. Acontece que a representação desses personagens muitas vezes tem sido um pouco superficial, com poucas camadas, pouca complexidade, então quis trazer um personagem religioso para mostrar um universo de uma forma diferente. Uma coisa importante sobre Raquel é que a religião não vem antes de outras características. Ela é casada, quer ter um filho e também é religiosa. Isso para mim traz uma tridimensionalidade ao personagem. É importante dizer que em nenhum momento falamos a palavra evangélico, deixamos para o público nomeá-la e ver o quão complexo seria se pertencesse a alguma religião. Queremos falar sobre a fé, que traz consigo o perdão.

A série também ilustra como cada pessoa tem sua régua moral para julgar os outros em todos os momentos, certo? Sim, todo mundo julga o tempo todo. Quando fazemos um trabalho de representação, o que estamos falando é de deixar um pouco mais evidentes as nossas fraturas, para que o público seja provocado a repensar. ‘Preciso tanto julgar, o julgamento que faço está certo?’.

Na primeira temporada, a violência é mais física. Agora, no segundo, é mais sutil. Seria um sinal de que estamos mais acostumados com a violência? Acho que na primeira temporada a violência foi mais explícita, e nesta segunda temporada queríamos falar de mais violência psicológica, mais cínica num certo sentido. E mudamos o aparelho, antes tínhamos uma história que começava a partir de uma briga física entre dois meninos, agora temos uma discussão territorial. Mas aqui quisemos apostar em mais reviravoltas, mergulhar na ideia do absurdo, usar lupa na vaidade e tudo mais.

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