No ar na segunda temporada de Os outrosSérie Globoplay, Letícia Colin falou sobre os desafios de ingressar na produção criada por Lucas Paraizo e dirigida por Luísa Lima. A trama mantém a característica que a tornou uma das séries nacionais mais vibrantes de 2023: é um retrato instrutivo dos dilemas e contradições da classe média. Um segmento que, preso entre as mazelas sociais e a radicalização que transborda da política para todas as esferas da vida, aqui cai em atitudes perigosas — como diz Cibele (Adriana Esteves), ex-vizinha do vereador da milícia com quem colidiu na primeira temporada de Os outros e que agora busca respostas sobre o paradeiro de seu filho, Marcinho (Antonio Haddad), desaparecido desde que foi sequestrado pelo bandido.
Na segunda fase da série, os conflitos ganham tons ainda mais dramáticos e resultam em um pesadelo psicológico. Confira a entrevista com Letícia Colin:
Quando você foi convidado para integrar o elenco de Os Outros, o que te fez aceitar? A chance de trabalhar com o Lucas pela primeira vez, e com a Luísa novamente, porque fizemos Onde está meu coração. E eu já tinha assistido Os Outros. Sou um grande fã da série, é uma coisa maravilhosa e também elevou o nível de como apresentar essa segunda temporada. Além da chance de interpretar Raquel, personagem que precisava se relacionar com a linguagem desse universo, mas que também trouxe algo novo e encantador para esse público que estava muito ansioso para ver a segunda temporada, assim como eu. Acho que esse tema é muito relevante. Vivenciamos essa intolerância que vemos muito na polarização, na divisão social desse país tão dividido que é o Brasil. Vemos as elites com a concentração de renda e o quanto isso é prejudicial.
Como é Raquel? Ela é muito complexa, é a personagem mais desafiadora da minha carreira. E fico muito feliz em ver quantas possibilidades existem para o ser humano. Quem se dedicar à série até o fim vai se encantar não só com ela, mas com todos os personagens, que são falhos, duvidosos, bons e maus, e interagem na história de forma sempre imprevisível. Raquel é uma corretora de imóveis que quer ser mãe e luta por espaço dentro da série, que começa justamente por causa de uma árvore que fica dentro do condomínio, no meio das duas casas dos personagens, e mostra como todos os personagens têm essa necessidade de definir o que é seu, sentimento que é até constituinte. Por isso temos tantas guerras, tudo é uma luta territorial, pelo poder, para ver quem tem mais dinheiro.
A personagem é muito religiosa e fala muito sobre perdão. Qual o objetivo da série com esse tema? Amadurecemos este tema, porque sempre ouvimos esta exigência humana de perdão. Mesmo que você não seja católico ou cristão, o perdão está presente na sociedade, nas instituições, na educação, nas estruturas sociais, mas e depois? E quando você se depara com uma situação limitante em sua vida. É possível este conceito de perdão, vivê-lo plenamente, quando você é colocado à prova de algo extremo? E isso faz você repensar toda a sua vida. E Lucas escreve de uma forma que não minimiza a capacidade do espectador, a religião é apenas um tempero na personagem, que é corretora e quer ser mãe. Ela tem um marido perfeito, uma casa linda, amigos, vizinhos que praticam a mesma fé que ela, mas acho que Raquel serve para mostrar que qualquer um também pode ir a extremos. E precisamos de personagens reais como esse.
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