Uma série de herdeiros de Tarsila do Amaral assinou carta aberta nesta quarta-feira, 21, se opondo à certificação de obra atribuída ao pintor pelo espólio. No texto enviado à imprensa, a nota diz que “mais de 50% dos sucessores de Tarsila” ficaram surpresos com a notícia da autenticação da tela, anunciada no Jornal Nacional na última segunda-feira, 19. “A obra referida na matéria jornalística não foi submetida à diretoria do Catálogo Raisonné, portanto, sua autenticidade não foi legitimamente reconhecida”, diz o documento, acrescentando que “os herdeiros mais próximos de Tarsila do Amaral nunca ouviram falar desta obra”. , e é improvável que tenha permanecido oculto por tanto tempo.”
A obra em questão seria uma pintura datada de 1925 que, segundo a OMA Galeria e a Tarsila SA, empresa que administra o espólio do artista, foi pintada por Tarsila no interior de São Paulo, após o retorno do pintor de Paris. A obra é de propriedade de Moisés Mikhael Abou Jnaid, um brasileiro-libanês que teria recebido a pintura de seu pai — que, por sua vez, a comprou como presente de casamento para sua esposa. A pintura permaneceu no Brasil até 1976, quando foi transferida para o Líbano durante a mudança da família. No final do ano passado, porém, ela voltou ao país e foi apresentada ao galerista Thomaz Pacheco, da OMA Galeria.
Segundo Paola Montenegro, sobrinha bisneta de Tarsila e gestora do Tarsila SA, o trabalho passou por um processo de análise científica e posterior certificação liderado por Douglas Quintale. Outros herdeiros, porém, questionam a validade da autenticação. ‘Os argumentos apresentados no artigo da Sra. Paola Montenegro, para certificar a obra como autêntica, são inadmissíveis, afirmando que “basta um técnico de laboratório dizer que a tinta e a tela são compatíveis com a época”. Esta afirmação revela o total despreparo e falta de capacidade técnica desta pessoa para apresentar tal conclusão em rede nacional”, diz o comunicado.
Confira o texto completo abaixo:
Carta aberta dos herdeiros de Tarsila do Amaral
No dia 19 de agosto, mais de 50% dos sucessores da renomada artista Tarsila do Amaral
foram surpreendidos por uma matéria publicada no Jornal Nacional, afirmando que a família do artista
Tarsila do Amaral teria confirmado a autenticidade de uma pintura depois de quase 100 anos.
Dada a gravidade desta situação e o risco para a credibilidade da obra de Tarsila do Amaral, o seu
herdeiros e sucessores, que subscrevem, manifestam seu total e total repúdio às declarações
lançado por pessoas que não estão autorizadas pela maioria da família a alterar e certificar o
autenticidade das obras do renomado artista.
Durante quase quatro anos foi elaborado o Catálogo Raisonné das obras de Tarsila do Amaral, sob o
coordenação de um painel de especialistas, reconhecidos nacional e internacionalmente. Nisso
catálogo, as obras de Tarsila do Amaral foram listadas e avaliadas, servindo como um verdadeiro guia
para museus, leiloeiras, colecionadores, historiadores, etc.
A obra referida na matéria jornalística não foi submetida à diretoria do Catalog Raisonné, portanto,
sua autenticidade não foi legitimamente reconhecida. Este trabalho foi visto, aparentemente, por alguns
pessoas, apareceu em uma feira de arte em abril daquele ano e, segundo o galerista Thomaz Pacheco,
O proprietário seria Mikael Abouij Naid, que o adquiriu diretamente de Tarsila em 1951.
Os herdeiros mais próximos de Tarsila do Amaral nunca ouviram falar desta obra, o que a torna implausível
que permaneceu oculto por tanto tempo.
É importante destacar que um pequeno grupo de pessoas entre eles herdeiros de Tarsila do Amaral
não têm legitimidade para afirmar a autenticidade das obras de Tarsila do Amaral, sem submetê-la
ao colegiado que elaborou o Catálogo Raisonné. Nem mesmo a empresa TALE (Tarsila do Amaral
Licenciamento e Empreendimentos SA) possui qualquer autorização para promover tal ato.
Os argumentos apresentados na matéria pela Sra. Paola Montenegro, para certificar a obra como
autênticas, são inadmissíveis, ao afirmarem que “basta um técnico de laboratório dizer que a tinta
e a tela são compatíveis com a hora.” Esta afirmação revela o total despreparo e falta de
capacidade técnica para apresentar, em rede nacional, tal conclusão, sem qualquer discussão
prévia com os demais herdeiros de Tarsila do Amaral, colocando em risco todo o acervo da artista.
Após anos de divulgação e discussão com as mais altas autoridades do Brasil e de outros países, o artista
Tarsila do Amaral tornou-se reconhecida internacionalmente e suas obras, cuja autenticidade é
demonstrados no Catálogo Raisonné, são objeto de grande admiração e apreço.
Essa tentativa irresponsável de divulgar uma obra de Tarsila, não indicada no Catálogo, coloca em risco
a credibilidade conquistada através de anos de trabalho árduo, que pode sujeitar pessoas de boa fé a
adquirir obras inautênticas. Esta atitude tem-se repetido ao longo dos últimos meses, com
houve uma tentativa incrível de vender NFTs (tokens não fungíveis) de obras inautênticas por
Tarsila do Amaral, iniciativa que foi suspensa por ordem judicial, após apresentação de
medida judicial urgente dos herdeiros de Tarsila do Amaral.
Os herdeiros e sucessores de Tarsila do Amaral, a quem ela subscreve, não concordam com isso
desrespeito às obras autênticas do artista e informam que adotarão as medidas cabíveis que a gravidade
o caso exige.
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