Com 90 atrações de diferentes estilos se apresentando no mesmo dia, o Rock in Rio Inaugura neste sábado, 21, uma programação inédita só com artistas brasileiros de trap, MPB, sertanejo, rock, rap, samba e pop. Mas, o que era para ser uma grande festa brasileira, enfrentou uma série de problemas devido a atrasos em todos os shows. O pior resultado disso foi o cancelamento da tão esperada participação de Luan Santana no palco Mundo, na estreia do cantor sertanejo no festival, além da realização dos shows entre os palcos Sunset e Mundo.
A tão esperada iniciativa resgata o festival de críticas constantes desde a primeira edição, em 1989: de não privilegiar artistas brasileiros. Tanto em 1989 quanto em 2001, bandas brasileiras boicotaram o evento, principalmente por essa diferença de tratamento, com cachês mais altos para estrangeiros e volumes sonoros ainda mais baixos para grupos nacionais.
Neste sábado, todos receberam tratamento igual, mas a quantidade de apresentações no mesmo palco confundiu o público. Em alguns shows, a sensação era de que não houve ensaio coletivo, com as bandas se alternando sem qualquer ligação. Foi assim, por exemplo, com artistas de MPB e rap. O esquema funcionou melhor quando um artista comandava todo o show, como no samba, comandado por Zeca Pagodinho, e no sertanejo, com a dupla Chitãozinho e Xororó como mestres de cerimônia. Quem tentava assistir a tantas apresentações diferentes se sentia como se estivesse em uma festa de formatura, daquelas em que bandas genéricas tocam todos os ritmos na mesma festa para agradar a todos, desde o universitário até o tio mais velho.
O grande problema do Dia do Brasil, porém, não são as atrações, mas sim a mistura de tribos aleatórias e a falta de foco. Afinal, quando você homenageia a todos, na verdade, você não está homenageando ninguém. Não é de surpreender que tenha sido o único dia do festival em que os ingressos não estavam esgotados. Na plateia o que vimos foram pessoas completamente diferentes, desde crianças vestidas de miniboiadeiras para assistir Ana Castela, até a turma do trap. Como não havia fãs suficientes de nenhum artista, a maioria do público preferiu passear pela Cidade do Rock, lotando os estandes das marcas e deixando a tão concorrida agenda de shows vazia entre uma apresentação e outra.
Mesmo não tendo sido intencional, o Dia do Brasil ainda escondeu uma visão magistral dos organizadores. Com o dólar em alta, o festival entregou um dia de shows razoáveis, com cachês negociados em reais, sem sofrer variações cambiais. E, para completar, movimentou os estandes das marcas parceiras, que contaram com um público menos interessado em música e mais atento à experiência do festival.
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