“Você é verde?” pergunta Glinda, surpresa, ao conhecer Elphaba, a personagem de Malvado com pele incomum. O choque é válido: mesmo no mundo de fantasia de Oz, onde os animais falam e existem poderes mágicos, ter pele verde é mais do que estranho. Elphaba não está sozinha neste clube de pessoas deslocadas. Existem vários personagens esverdeados na cultura pop – e os motivos da escolha da cor por esse grupo são curiosos.
Além dos diversos significados simbólicos ou semióticos ligados às cores, o verde, utilizado especificamente como tom de pele, durante muito tempo foi exclusivo de seres alienígenas ou monstruosos, com características que lembram as dos répteis: Shrek, por exemplo, é um dos os herdeiros desta tradição. No cinema, os ogros costumam ser marrons ou cinza, e não o verde brilhante do querido personagem da animação. Mas antes de ser amado, Shrek era muito odiado – pelo menos nos roteiros dos filmes, que mostram a repulsa que o grandalhão causa por causa de sua aparência.
O forte Hulk e o inimigo número 1 do Natal, o rabugento Grinch, também compartilham a cor que virou sinônimo de “poucos amigos” e personalidades não tão agradáveis. Nenhum desses dois, porém, nasceu verde. Grinch foi desenhado originalmente em 1957 pelo autor Dr. Seuss em preto e branco – só dez anos depois, em uma animação, o personagem ganhou pelagem verde. Hulk, quem sabe, apareceu pela primeira vez nos quadrinhos da Marvel, em 1962, com a pele acinzentada. A ideia era que o grandalhão não representasse nenhuma etnia específica. Mas imprimir a cor cinza nos quadrinhos era complicado – e a gráfica raramente acertava o tom. Assim, Hulk ficou verde – cor emprestada da representação da energia da luz gama na física, já que o personagem sofre mutações causadas pelos raios gama.
Gamora, de Guardiões da Galáxia; Nojento, De dentro para fora; Duende Verde, do Homem-Aranha, entre outros, são exemplos clássicos do uso da cor verde não apenas como um alerta ao espectador — tipo, fique de olho, esse personagem vai causar danos — mas também para defini-los. além dos outros. . A pele verde não existe na vida real, então quando aparece na ficção, o desejo dos outros personagens de isolar o ser esverdeado parece até legítimo. Qualquer aceno ao racismo não é uma mera coincidência.
Malvado traz esta mensagem com louvor. Passado o choque de Glinda no início do musical, ela conhece melhor Elphaba e se torna sua amiga. Com a aceitação da garota popular, toda a escola (e o público do cinema) passa a ver Elphaba com outros olhos. O preconceito também marcou o primeiro encontro com outro ser superpop esverdeado: quando se deparou com Mestre Yoda pela primeira vez em Guerra nas EstrelasLuke Skywalker despreza o homem baixo e enrugado que aparece na floresta. Yoda oferece ajuda a Luke para encontrar quem ele procura. “Acho que não, estou procurando um grande guerreiro”, diz Luke, ironizando ninguém menos que o Jedi mais respeitado da história. Prejulgar a aparência de alguém é estúpido, para dizer o mínimo – e a cor verde existe para nos lembrar disso.
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