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Onde mora a história? Em documentos, artefatos, ossos? Ou na memória, aquele estado frágil e ilimitado que tentamos expressar em fragmentos, em conversas ou na página, mas que acabamos por levar para o túmulo? É a pergunta que molda a opinião de RaMell Ross Meninos de níqueluma adaptação literária mais ousada artisticamente do que quase qualquer outra de seus pares. Seu filme é uma façanha de imersão total, usando uma câmera de ponto de vista, design de som bem ajustado e ilusão cinematográfica para criar uma realidade que toma conta e nunca sai da alma do público.
O que não é é uma mera tradução para a tela do romance de Colson Whitehead, vencedor do Prêmio Pulitzer de 2019, Os meninos do níquel – é uma prova de por que e como contamos histórias sobre o passado e seus traumas. O livro de Whitehead é um relato ficcional de uma amizade forjada por dois estudantes negros na Nickel Academy, uma chamada “escola reformatória”, uma expressão eufemística usada para descrever uma instituição penal juvenil. É o esforço de um contador de histórias para aproximar a memória diante do peso monstruoso dos fatos: em 2012, uma vala comum, sem identificação, foi descoberta nos terrenos da Florida School of Boys, contendo 55 sepulturas identificáveis, com evidências de 100 mortes documentadas em a escola.
Cada um é uma história agora perdida na memória. Meninos de níquel os homenageia através das figuras gêmeas de Elwood (Ethan Herisse, com Ethan Cole Sharp como sua iteração mais jovem) e Turner (Brandon Wilson), que veem seus destinos sob luzes muito diferentes. Elwood, a quem somos apresentados primeiro, cresceu em um mundo matizado pelo otimismo – em meio a rumores sobre a marcha de Selma a Montgomery, com Martin Luther King Jr à frente; imagens de televisão do programa espacial Apollo; e a promessa de um professor de que, na HBCU que Elwood irá frequentar, existem livros didáticos sem epítetos raciais para riscar. Turner, por sua vez, foi moldado por uma realidade mais dura, como sugerido por uma montagem instável de um vagão aberto acelerando pela paisagem. Não nos oferecem nenhuma evidência de casa.
Mas a preciosidade da amizade deles, diante de tudo isso, atinge uma espécie de crescendo revelador na cena em que a avó de Elwood, Hattie (Aunjanue Ellis-Taylor, um farol luminoso de esperança), chega à Academia para vê-lo. Eles o esconderam dela. Invente desculpas esfarrapadas sobre por que ele não pode aceitar visitas. Mas ela encontra Turner, um garoto como ele e totalmente diferente dele, descobre que eles são amigos e o abraça mesmo assim. Elwood e Turner carregam pedaços um do outro com eles.
Meninos de níquelO uso comprometido do POV envolve mais do que uma simples identificação. É uma rendição total à experiência subjetiva – tão bonita aqui quanto no documentário anterior de Ross Condado de Hale esta manhã, esta noite (2018) – em que nos é permitido recompor a sua narrativa a partir dos detalhes observados. Contusões e cicatrizes no joelho de uma mulher falam da dor que ela pode esconder de nós; a maneira calculada e habitual com que um homem remove um conjunto de anéis dos dedos sinaliza um ato terrível que está prestes a acontecer.
É uma espécie de trabalho de detetive interno refletido na tela, antes que o filme subitamente avance para um Elwood (Daveed Diggs) mais velho, enquanto ele tenta fazer as pazes entre suas memórias e a notícia de que valas comuns foram descobertas em Nickel. A violência, em Meninos de níquelnão é apresentado da forma intransigente que outros cineastas defenderam, mas como fraturado, dissociado – da forma como a mente pode permitir que ele se repita. É aqui que a câmera sai brevemente de seu ponto de vista, para que possa pairar na parte de trás da cabeça de um personagem. O que essas memórias significam para ele? Para nós?
A certa altura, ele esbarra em outro ex-aluno, enquanto bebia em um bar. Ele parece relutante em corroborar as histórias de Elwood, em falar sobre o que aconteceu. “Não sei o que mais você quer que eu lembre”, ele responde. Sim, a história vive na memória. Mas Meninos de níquel pede-nos que consideremos também o peso disso.
Direção: RaMell Ross. Estrelando: Ethan Herisse, Brandon Wilson, Hamish Linklater, Fred Hechinger, Daveed Diggs, Aunjanue Ellis-Taylor. Certificado 12A, 140 minutos.
‘Nickel Boys’ chega aos cinemas a partir de 3 de janeiro
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