Em meio à agonia de acompanhar a jornada de Liana (Juliana Paes) Pedaço de mim, um núcleo salva a série da Netflix de ser uma narrativa completamente dramática demais: a de Silvia (Palomma Duarte) e Vicente (João Vitt). Atores forjados nas novelas da Globo, os dois vivenciam um romance água e açúcar entre dois médicos, velhos amigos de faculdade, que redescobrem o amor na maturidade. Enquanto a obstetra reluta em se entregar de verdade ao relacionamento por estar preocupada com o filho único, um músico com deficiência visual, a geneticista luta para que o relacionamento evolua para o casamento.
Diferentemente da protagonista que sofre com os abusos sexuais de Oscar (Felipe Abib) e com os abusos psicológicos do marido, Tomás (Vladimir Brichta), o único obstáculo de Silvia é ela mesma para ser feliz na trama criada por Ângela Chaves. Apesar disso, o desenvolvimento do casal é o que representa um verdadeiro romance dentro Pedaço de mim. “Temos esse lugar para respirar na série, porque tudo é muito pesado, denso e a gente traz leveza. Mas isso não quer dizer que a barra não pese de vez em quando”, explicou Palomma em entrevista a VEJA. “O que Liana vive é um inverno rigoroso, mas a história de Vicente e Silvia é uma transição para a primavera — como tudo na vida, tudo tem seus lados bons e ruins”, acrescenta João Vitti.
Na trama, Liana, que sonha em ser mãe, acaba engravidando de gêmeos de pais diferentes —um é do marido e o outro é seu estuprador. Silvia, irmã de Tomás na história, também é a única personagem que não larga a mão de Liana – mesmo quando a menina se envolve em uma espiral de mentiras e segredos para se preservar -, dando todo o apoio necessário à irmã. -cunhada, inclusive lembrando da personagem que ela tem direito ao aborto em caso de estupro. Curiosamente, a produção da Netflix abordou o tema do direito ao aborto em paralelo com a discussão na vida real de um projeto de lei que visa revogar esta alternativa amparada em lei.
“É engraçado que quando Silvia diz a Liana que ela tem o direito de abortar, a história se passa em 2006. Isso não foi questionado. É importante lembrarmos da individualidade de cada mulher, pois não podemos generalizar, nem mesmo quando discutimos esse estúpido PL enquanto assistimos uma série. Liana não representa a maioria da população feminina, seu caso é muito raro, ela não tenta o aborto por medo de prejudicar o outro bebê, tem status social e condição financeira diferente da maioria da população. Mas toda e qualquer mulher deveria ter o direito de decidir sobre o seu próprio corpo, por isso é importante que estejamos debatendo isso de uma determinada forma”, finaliza Palomma.
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