Típico das comemorações de fim de ano, o balé clássico O quebra-nozes Rapidamente esgota os ingressos no Brasil e no mundo. Não foi diferente com a apresentação criada pela companhia de dança Cisne Negro, que acontece entre os dias 19 e 23 de dezembro no Teatro Santander, em São Paulo, com a participação do veterano dos palcos Ana Botafogo. VEJA, a bailarina, hoje com 67 anos, fala sobre o espetáculo criado pelo compositor russo Piotr Ilyich Tchaikovsky, em que uma jovem se apaixona por uma boneca no Natal.
Ele seria O quebra-nozes seu balé favorito? Digo que ele só não é meu favorito porque não danço muito – e as bailarinas gostam de dançar o tempo todo. O quebra-nozes É um dos balés que mais dancei na vida. A primeira vez foi em 1979, no Theatro Municipal, na época eu era da Associação de Balé do Rio de Janeiro. Interpretei as personagens Snow Queen e Sugar Plum Fairy por muito tempo. Hoje não danço na ponta, participo como a mãe da protagonista, Clara.
Qual é o principal desafio de fazer esse balé especificamente? O grande pas de deux da Fada Sugar Plum respira fundo. Acho que dura cerca de seis minutos. É muito intenso, com muitas piruetas e saltos, então a bailarina fica bastante cansada. O desafio da bailarina é que ela tenha sempre que ser delicada e transmitir a ideia de leveza, mesmo quando faz algo muito intenso e cansativo, que exige fôlego e resistência muscular. Saímos do palco exaustos.
Qual é a sua condição física atual? Antes da pandemia, eu tinha aulas de balé clássico todos os dias, mas não tenho mais. Eu não danço mais na ponta. Mas faço aulas de musculação, alongamento e dança com frequência.
Dançar é para todos? Sim, mas depende do seu objetivo. Quem começa aos 30 ou 40 anos não se tornará dançarino profissional. Todo corpo dança. Mas você não pode colocar uma pessoa de 50 a 60 anos fazendo o que uma dançarina clássica de 18 anos faz. Cada um deve encontrar o estilo que mais lhe convém e as opções e benefícios são muitos. Entrei como madrinha do projeto Ballet aos 60, da Lu Fernandez, minha parceira e que começou a dançar depois dos 60 anos. Também estou fazendo pós-graduação no Theatro Municipal em pedagogia da dança. E uma das minhas ideias é exatamente trabalhar e pesquisar o balé na idade adulta. Estou muito empenhada em melhorar cada vez mais as metodologias que temos para olhar com carinho para esses adultos, pois dançar traz muita saúde e prazer.
Antigamente, o balé era algo voltado principalmente para crianças e jovens. Esse cenário mudou? Nos últimos anos, a busca pelo balé adulto tem sido grande. Todas as academias de dança do Brasil oferecem essa modalidade, tanto balé iniciante quanto adulto, que é voltada para pessoas que fizeram balé na vida e pararam por algum motivo. Mas o corpo tem memória e eles podem voltar e acompanhar uma aula posterior. Mas tem gente que nunca dançou e agora quer viver isso, seja porque finalmente tem condições financeiras, tempo para se dedicar, ou sei lá. Não faltam alunos que se dedicam e que querem ter a dança na vida, o que é maravilhoso.
Que benefícios você destaca? Primeiro, a dança trabalha os músculos, fortalece-os e alonga-os. Traz mobilidade articular, deixando as articulações lubrificadas. Melhora a coordenação motora, o que também afeta a saúde mental, e atua na respiração. É, na verdade, um exercício para o cérebro enquanto você aprende a coreografia e repete séries de movimentos. Dançar a um metro e ouvir música também traz prazer.
Você começou a dançar muito jovem, numa época em que o balé não era praticado na idade adulta. Você imaginou que passaria dos 60 anos e ainda ganharia a vida dançando? Não. Para começar, eu não tinha ideia de que seria uma dançarina profissional. Depois, não pensei que teria uma carreira tão longa. Mas comecei a entrar em todos os buraquinhos que a dança me dava oportunidade. Me adaptei, ampliei meu trabalho na área, dando palestras, consultoria, fazendo coreografias. Dancei profissionalmente até quase os 60 anos. E espero chegar aos 70 e poder me manter fisicamente ativo.
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