‘A Casa do Dragão’: entenda o final do episódio que incendiou a série

Aborto secreto e a hipocrisia de Alicent

No início do episódio, a Rainha Alicent Hightower (Olivia Cooke) bebe chá da lua, bebida feita a partir de uma erva que previne ou interrompe gravidezes indesejadas no universo de Westeros. Religiosa, Alicent julgou a amiga Rhaneyra (Milly Alcock) na primeira temporada, ao saber que a jovem princesa havia bebido o mesmo chá – fofoca que a levou a acreditar que Rhaenyra mentiu ao dizer que não teve relações com Daemon (Matt Smith). A herdeira do trono disse a verdade, porém, omitiu o fato de ter tido um relacionamento com Sir Criston Cole (Fabien Frankel). Mais tarde, Alicent deu o mesmo chá a jovens vítimas de abusos de seu filho Aegon II (Tom Glynn-Carney). Quem diria que ela mesma usaria a bebida, agora para evitar ter um filho com Sir Cole, seu amante.

Emboscada que teve mais ou menos sucesso

Quando Sir Cole decide atacar, durante o dia, o concelho de Pouso de Gralhas, último acesso terrestre à ilha da Pedra do Dragão, onde Rhaenyra (Emma D’Arcy) e o seu conselho estão abrigados, o Exército Verde é surpreendido. Este não era o plano oficial. Sir Cole, porém, armou uma emboscada com Aemond (Ewan Mitchell), que atacaria qualquer dragão do lado inimigo com Vhagar, o maior animal do gênero em atividade. O plano quase perfeito sofre a interferência de Aegon II que, bêbado, aparece em batalha cavalgando Sunfyre. Resultado: o despreparado reizinho é derrotado pela princesa Rhaenys (Eve Best).

A morte heróica de Rhaenys, a rainha que nunca existiu

Em mais uma atuação espetacular de Eve Best, Rhaneys se despediu da série em um belo e doloroso confronto contra o vilão Aemond. Na Batalha de Rooks’ Landing, Rhaenys e seu dragão, Meleys, enfrentam com sucesso Aegon II e Sunfyre, mas sucumbem a Aemond e Vhagar — leia mais sobre os dragões da família Targaryen aqui. Conhecida como a rainha que nunca foi, pois era a herdeira do trono, mas foi preterida por ser mulher, Rhaenys estava voltando para Pedra do Dragão quando mudou de ideia, afinal, vencer aquela batalha era crucial na guerra — e ela sabia que poderia morrer no processo. A VER, a atriz falou sobre sua jornada na série.

O Rei Aegon II morreu?

No final do episódio, tudo indica que Aegon II e seu dragão Sunfyre estão mortos — e Aemond, impassível, observa o irmão caído no chão. Se Aegon II morrer, será Aemon quem assumirá o trono. Contudo, o livro de George RR Martin oferece outro caminho. Na história original, Aegon II e seu dragão não morrem ali, mas ficam gravemente feridos. Eles passam por um longo período de recuperação. Enquanto isso, a corte do rei, que já não o levava tão a sério, se tornará uma arena para disputas de poder e intrigas – o início do que será a queda de Aegon II.

AVISO: o parágrafo seguinte revela o destino final de Aegon II de acordo com o livro Blood & Fire

Como Aegon II morre no livro?

Na obra de George RR Martin, o jovem rei permanece no trono por dois anos e morre envenenado aos 24 anos. Após a Batalha de Pouso de Gralhas, ele fica extremamente debilitado e vive com dores lancinantes. A certa altura, depois de causar o morte da meia-irmã Rhaenyra, Aegon II, enfraquecido no poder, é encurralado por Lord Corlys Velaryon, que exige sua abdicação. Aegon recusa e, pouco depois, após beber uma taça de vinho suspeita, é encontrado morto com sangue na boca. Ele é sucedido por Aegon III, filho de Rhaenyra e Daemon, e que continua a linhagem dos Targaryen.