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A Editorial Sul
| 2 de janeiro de 2025
O valor também ficou acima do aumento de todo o varejo no período, de 3,4%, segundo o índice. (Foto: Freepik)
Os shopping centers no Brasil registraram um aumento de 5,5% nas vendas no período de Natal, entre 19 e 25 de dezembro, segundo dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). Segundo a entidade, foi o maior resultado da série histórica desde 2019. O valor também ficou acima do aumento de todo o varejo no período, de 3,4%, segundo o índice.
O ticket médio apurado neste Natal foi de R$ 213,83, o que também indica um aumento de 3,3% em relação ao ano passado, quando o setor apresentou valor médio de compra de R$ 207,04. Por outro lado, as lojas de rua registraram ticket médio de R$ 109,47, aumento de 2,7% em relação a 2023.
O presidente da Abrasce, Glauco Humai, afirma que os resultados de 2024 reforçam a importância dos shopping centers no cenário econômico brasileiro e se diz otimista para a continuidade do crescimento devido ao desempenho que classifica como sólido.
“O crescimento registado neste período simbolicamente relevante para o retalho é reflexo da confiança do público, da melhoria do rendimento familiar e da queda do desemprego, além da diversificação de ofertas e experiências disponíveis nos centros comerciais”, afirma Humai em comunicado.
Todas as regiões do país registraram crescimento, com destaque para Nordeste (6,4%), Sul (6,3%) e Sudeste (5,7%), seguidos do Norte (3,7%) e Centro-Oeste (2,5%).
“Para 2025 continuamos com uma perspectiva otimista, mas com cautela, claro, por conta dos índices econômicos como o dólar e os juros. Mas vale ressaltar que historicamente os shopping centers são mais resilientes que outros mercados e com os investimentos já anunciados para o próximo ano devemos continuar em uma trajetória positiva e consistente. Há algumas semanas, a Iguatemi anunciou a aquisição do RioSul, do Pátio Paulista e do Pátio Higienópolis. A empresa e a Multiplan têm expansões previstas para Brasília”, acrescenta Humai.
Varejo físico
A atividade do comércio físico na semana do Natal de 2024 caiu 3,9%, sendo esta a maior queda para a data desde 2020, quando o índice foi de -10,3%. Os dados são do Indicador de Atividade Comercial da Serasa Experian.
A pesquisa revela que, no final de semana da data comemorativa, a queda registrada foi de 1,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
“Com a inadimplência aumentando, a prioridade dos consumidores pode ter sido a reestruturação financeira quando optaram por utilizar o 13º salário para pagar e renegociar dívidas, deixando em segundo plano as compras e os presentes de Natal”, comenta a economista Experian da Serasa, Camila Abdelmalack.
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