Venda de veículos em 2024 pode encerrar melhor que o esperado no Brasil

Venda de veículos em 2024 pode encerrar melhor que o esperado no Brasil


As vendas de automóveis novos, comerciais leves, caminhões e ônibus totalizaram 236,3 mil unidades em setembro

Foto: Agência Brasil

(Foto: Agência Brasil)

O forte desempenho das vendas de veículos novos em setembro, se mantido até o final do ano, poderá levar o setor a ter um resultado acima do projetado para 2024 no país, disse o presidente da associação das montadoras, Anfavea, nesta segunda-feira (07). ).

As vendas de veículos novos em setembro equivaleram a uma média diária de 11,3 mil unidades, quase 14% acima do registrado um ano antes e 4,3% acima do registrado em agosto, segundo dados apresentados pela Anfavea. As médias diárias de outubro e novembro do ano passado foram de 10,4 mil e 10,6 mil unidades e dezembro registrou pico de 12,4 mil.

“O que aconteceu em setembro foi um crescimento considerável na média diária e isso pode mudar as projeções, disse o presidente da Anfavea, Marcio de Lima Leite, em apresentação a jornalistas sobre o desempenho do setor em setembro.

“Se isso se mantiver em outubro, novembro e dezembro, terminaremos o ano com 2,6 milhões, 2,65 milhões de unidades”, acrescentou, referindo-se aos registos. A previsão atual da entidade é que as vendas de veículos novos cresçam 10,9% neste ano, para 2,56 milhões de unidades. “Tem chance de superar a projeção”, disse ele.

Segundo Lima, embora as vendas globais de setembro tenham sido 0,4% inferiores às de agosto, que tem maior número de dias úteis que o mês passado, o movimento no licenciamento “foi muito bom”.

As vendas de automóveis novos, comerciais leves, caminhões e ônibus em setembro totalizaram 236,3 mil unidades, o melhor desempenho para o mês desde a pandemia. A produção caiu 11,4%, para 230 mil unidades, com o setor ainda a dizer que está pressionado pelas importações de veículos e a defender o regresso imediato da tarifa de 35% às importações.

Leite mostrou fotos de pátios portuários repletos de carros que teriam sido importados, em sua maioria, da China, e afirmou que a situação tem provocado aumento nos custos de produção do setor, uma vez que as cadeias logísticas estão cuidadas e a indústria tem sido obrigada a trazer componentes por transporte aéreo.

O executivo não deu detalhes sobre o suposto aumento de custos no setor que seria gerado pela importação de veículos, mas afirmou que a entidade deverá ter os dados prontos no próximo mês.

Os estoques de veículos nas concessionárias e pátios de montagem permaneceram praticamente estáveis ​​em relação a agosto, em 266 mil unidades, mas o presidente da Anfavea afirmou que o número não inclui cerca de 80 mil veículos importados que ainda não foram nacionalizados.