Vacinação é o desafio para o Brasil voltar a ter status de país livre de sarampo

Vacinação é o desafio para o Brasil voltar a ter status de país livre de sarampo


Segundo o Ministério da Saúde, desde 2019, porém, o número de casos de sarampo vem caindo. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

No dia 5 de junho, o Brasil completou dois anos sem casos autóctones, ou seja, com transmissão dentro do território nacional, de sarampo. Com isso, o país poderá retomar a certificação “livre do sarampo”. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde.

A certificação como país livre do sarampo foi conquistada pelo Brasil em 2016. O intenso fluxo migratório dos países vizinhos, a partir de 2018, especialmente da Venezuela, associado à baixa cobertura vacinal, reintroduziu o vírus no território nacional.

Segundo o Ministério da Saúde, desde 2019, porém, o número de casos de sarampo vem caindo. Caiu de 20.901 registros naquele ano para 41 casos em 2022. O último caso foi confirmado em 5 de junho de 2022, no Amapá.

“Para que o Brasil continue sem casos, é fundamental atingir uma cobertura vacinal de pelo menos 95% de forma homogênea, visando proteger a nossa população contra a possibilidade de casos importados do vírus e, assim, reduzir o risco de introdução do vírus. doença. Além disso, garante a segurança até mesmo de pessoas que não podem ser vacinadas”, afirma o diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti.

No início de maio, o país recebeu a visita da Comissão Regional de Monitoramento e Nova Verificação da Eliminação do Sarampo, da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita na Região das Américas e da Secretaria da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) com o objetivo de de dar continuidade ao processo de recertificação do Brasil como livre de circulação do sarampo e com eliminação sustentável da rubéola e da síndrome da rubéola congênita (SRC).

Também este ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou como “alarmante” o aumento de casos da doença na Europa. Houve mais de 58 mil infecções por vírus em 41 países ao longo de 2023, um aumento em comparação com os últimos três anos.

Triplo viral

Disponível nas unidades básicas de saúde, a tríplice viral é uma das vacinas oferecidas no Calendário Nacional de Vacinação, cujo calendário vacinal corresponde a duas doses para pessoas de 12 meses a 29 anos, e uma dose para adultos de 30 a 59 anos. Esse imunizante protege contra sarampo, caxumba e rubéola – três doenças altamente infecciosas que podem causar consequências graves e que já foram responsáveis ​​por epidemias no passado.

A cobertura da primeira dose desta vacina aumentou de 80,7% em 2022 para 87% em 2023, refere o Ministério da Saúde. Os dados de 2023 ainda são preliminares e podem aumentar, antecipou o ministério, já que alguns estados possuem bases próprias e as atualizações podem demorar para chegar à rede nacional. As informações são da Agência Brasil.