Universitário recebe Pix de R$ 100 mil por engano e devolve o valor: “não fiz nada de mais”

Universitário recebe Pix de R$ 100 mil por engano e devolve o valor: “não fiz nada de mais”


A Universidade devolveu o valor o mais rápido possível. (Foto: Divulgação)

Imagine receber uma notificação bancária de um PIX de R$ 100 mil enviado por engano? O estudante universitário Genésio Alves de Araújo Júnior, de 25 anos, ficou surpreso quando esse valor foi depositado em sua conta. O dinheiro foi devolvido no dia seguinte a uma pessoa desconhecida. O valor foi transferido “sem querer” e assim que o depósito entrou na conta o banco bloqueou-o como medida de segurança.

“Na hora minha conta já estava bloqueada, não consegui ver quem me enviou, nem consegui reembolsar, só pensei ‘como vou explicar isso para a Receita Federal?’. No dia seguinte, o homem que me enviou o PIX sem querer me enviou vários áudios e me ligou pedindo a devolução do valor. Ele me mostrou o recibo. Acho que não fiz nada importante, era o que eu ia fazer mesmo”, disse Genésio, que estuda engenharia elétrica na UFSCar.

O incidente começou no final do horário bancário, impossibilitando o reembolso imediato do aluno. Sua conta foi bloqueada automaticamente por precaução contra fraudes, ação padrão do banco ao detectar movimentações financeiras altas e atípicas.

“Só não devolvi na hora porque minha conta estava bloqueada e tive que esperar o banco abrir. Como nunca tinha movimentado uma quantia tão grande, o banco bloqueou por suspeita de fraude”, disse ela.

O jovem foi pessoalmente ao banco e conseguiu desbloquear a conta. “Quero fazer a escolha certa, não quero ser preso”, diz ele. Depois de pensar e ouvir o gerente do banco, ele decidiu reembolsar o Pix.

Estrangeiro desconhecido

Segundo Júnior, o homem era estrangeiro e não falava muito bem o português. “Ele não explicou o motivo do erro, tentou falar em português e só me disse que tinha feito o PIX errado”, comentou.

O universitário disse que no final ficou “perdido” porque teve que gastar dinheiro em um carro de aplicativo para ir ao banco.

“O único prejuízo que tive foi pagar um Uber para ir ao banco, porque moro longe. Pedi ao homem que me pagasse R$ 20 pela corrida, mas ele desapareceu depois disso”, disse ela, rindo.

A atitude nobre também virou alvo de piadas dos amigos do estudante. “Eu contei a eles e eles riram muito. Disseram que era uma oportunidade para eu fugir para o Paraguai”, lembrou.

Por questões de segurança, o universitário prestou boletim de ocorrência.