SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O reitor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) convocou seus professores para dar aulas na rua após a concessionária Light cortar a energia dos prédios da instituição, nesta terça-feira (11/12), e a Águas do Rio interrompem o abastecimento de água hoje (13).
“Se quiserem, à força, que a gente não esteja na sala de aula, nós, professores, vamos sair para a rua”, afirma Roberto Medronho.
A Light interrompeu o fornecimento de energia elétrica às instalações da universidade após diversas tentativas de acordo e reuniões com a reitoria da UFRJ desde junho deste ano, informou a concessionária.
Apenas unidades cadastradas como essenciais, como serviços de saúde e segurança, foram poupadas da suspensão para garantir a continuidade desses serviços à população.
A dívida total da universidade com a Light é de R$ 31,8 milhões, referente a faturas vencidas entre março e novembro de 2024, além de R$ 3,9 milhões de parcelas não pagas de acordo firmado em 2020.
Na época, a empresa e a reitoria concordaram em parcelar uma dívida de R$ 21,3 milhões. Porém, apenas R$ 13 milhões foram pagos até o momento.
A UFRJ recebeu notificação de corte no fornecimento de energia em junho passado, mas conseguiu, junto ao Ministério Público Federal, antecipar o alívio para evitar o desabastecimento. A decisão foi anulada pelos tribunais esta terça-feira.
Crise
A Águas do Rio informou ainda que realizou diversas reuniões com a reitoria para que chegassem a um acordo quanto à dívida da universidade com a empresa. O valor não foi divulgado. Na última reunião, na sexta-feira (8), foi formalizada uma proposta de desconto.
Porém, segundo a concessionária, o prazo de pagamento terminou nesta terça-feira e, como não houve resposta, a empresa começou a cortar o fornecimento.
A instituição diz que nunca se recusou a pagar os valores devidos, mas não dispõe de orçamento para o fazer. Por isso, afirma, solicitou complementação orçamentária ao MEC (Ministério da Educação).
Contactada, a pasta de Camilo Santana afirma que tem trabalhado para repor e mitigar as reduções orçamentais ocorridas no âmbito nos últimos anos de forma a garantir o pleno funcionamento das entidades. Porém, delega problemas financeiros à UFRJ.
“A gestão orçamentária e financeira das universidades federais é orientada pela autonomia garantida pelo artigo 207 da Constituição Federal. Assim, as instituições têm total liberdade para definir suas prioridades internas, incluindo a alocação de recursos, a gestão de contratos terceirizados e a execução de projetos, de acordo com suas necessidades e diretrizes institucionais”, diz o MEC.
A destinação para a UFRJ em 2024 é de R$ 430,5 milhões. Acontece que desde 2013 vem ocorrendo um processo drástico de redução orçamentária. Nos últimos dois anos, a universidade teve déficits milionários.
Levantamento feito pela Pró-Reitoria de Fazenda indica que o governo federal poderá encerrar 2024 com déficit acumulado de R$ 380 milhões.
Atualmente, a UFRJ abriga 60 mil alunos de graduação e 15 mil alunos de pós-graduação, distribuídos em seus diversos campi de três municípios do estado do Rio de Janeiro, além de 700 alunos do Colégio de Aplicação.
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Na última edição do QS World University Rankings, a instituição foi eleita a terceira melhor do país.
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