Transações via Pix vão ficar mais seguras a partir de 1º de novembro

Transações via Pix vão ficar mais seguras a partir de 1º de novembro


Clientes que possuem celular ou computador novo ou estão usando o Pix pela primeira vez terão limite de R$ 200 por operação. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

O Pix passará por algumas mudanças em novembro. Seu Salvador, aposentado, ainda trabalha para cobrir tantas despesas. Agora, o aperto pode piorar. Ele caiu com um golpe. O idoso conta que invadiram sua conta, fizeram um empréstimo e também usaram o dinheiro do cheque especial para fazer um Pix no valor de quase R$ 2,7 mil.

Ele registrou boletim de ocorrência e aguarda o banco analisar o pedido de restituição. “Eu me sinto um trapo. Porque trabalhei a vida toda, enfrentei tantas barreiras, para cair nisso agora”, disse o aposentado Salvador Dias de Andrade.

Para tentar diminuir golpes e fraudes, o Banco Central tem uma nova regra para o Pix. Clientes que adquirirem celular ou computador novo ou estiverem usando o Pix pela primeira vez terão limite de R$ 200 por operação – R$ 1 mil por dia.

Para transferir um valor maior, basta cadastrar o novo aparelho no banco. Agora, se você não trocar de celular ou computador, nada muda. O novo recurso entra em vigor em novembro.

“Essa fragilidade ocorreu porque, quando o fraudador teve acesso aos dados da conta e senha de acesso a um aplicativo, ele, através de outro celular, conseguiu acessar todo o limite do Pix, então, a partir de agora, sem esse cadastro, os valores transferidos para fazer um Pix são limitados”, segundo Ivo Mósca, diretor de inovação, produtos e serviços da Febraban.

Reduza a fraude

“Então, imaginamos que isso reduzirá minimamente os grandes valores envolvidos em termos de fraudes e evitará que os clientes sejam prejudicados com valores financeiros muito maiores por terem seus dados de acesso ou senhas e dados transacionais roubados por fraudadores”, finalizou.

E tome cuidado com o golpe! O cadastro de novos aparelhos será feito somente no app do banco ou instituição de pagamento! Não solicitarão informações por e-mail, SMS nem enviarão links.

Outra novidade é que, a partir de novembro, os bancos poderão consultar o banco de dados de contas fraudulentas do Banco Central, antes de autorizar uma transação via Pix para uma conta ou chave que pareça suspeita.

“Acontece que muita gente recebe algum tipo de golpe e acaba caindo, né? Aí você perde o dinheiro que talvez precise e nem o recupera. Então é importante essa segurança maior”, disse Sávio Sena, auxiliar administrativo. As informações são do portal de notícias G1.