SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os trabalhadores dos Correios aprovaram greve por tempo indeterminado, após votação em assembleia com cerca de 5 mil funcionários em São Paulo realizada nesta quarta-feira (7) na capital paulista.
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Segundo a Findect (Federação Interestadual dos Sindicatos dos Correios), carteiros e motoristas aderiram à greve, que começou às 22h desta quarta-feira, e há também a participação de trabalhadores das áreas de tratamento e atendimento.
Os principais sindicatos dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul e Tocantins aderiram ao movimento, disseram os representantes.
Segundo os Correios, as agências estarão abertas e todos os serviços estarão disponíveis nesta quinta-feira (8). A estatal informa que adotou medidas como remanejamento de profissionais e realização de horas extras para cobrir “ausências específicas e localizadas em razão da greve anunciada pelo sindicato”.
“O principal ponto dessa greve de hoje é o custo do plano de saúde”, diz Douglas Ramos, diretor de comunicação do Findect e do Sintect (Sindicato dos Trabalhadores das Empresas Brasileiras de Telégrafos e Similares Postais de São Paulo, Grande São Paulo e dos Correios). zona de Sorocaba).
Os trabalhadores exigiam redução da coparticipação no plano de saúde, que, segundo Ramos, era muito pesado. Além disso, a categoria exige reajuste salarial com base na inflação mais aumento linear de R$ 300 para todos os cargos em 2024.
Segundo os Correios, foi proposto aumento de 6,05% nos salários a partir de janeiro de 2025, mais 4,11% nos benefícios a partir de agosto de 2024, além de aumento de 20% para motociclistas e motoristas.
Relativamente ao plano de saúde, segundo a empresa, “o processo de alteração do regulamento para reduzir a coparticipação de 30% para 15% deverá ser implementado no próximo mês, após feitos os ajustes necessários para se adaptar aos regulamentos em vigor”.
O imbróglio se desenrola desde o início do ano e após uma greve que quase chegou à Black Friday, no final do ano passado. Após 14 reuniões de negociação, segundo a Findect, “a empresa demonstrou mais uma vez a sua incapacidade de responder adequadamente às necessidades dos trabalhadores”.
A greve está mantida até a próxima rodada de negociações, na próxima semana, segundo Ramos.
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