Soldado do Exército denuncia agressão com vassoura no interior de SP

Soldado do Exército denuncia agressão com vassoura no interior de SP


MACEIÓ, AL (FOLHAPRESS) – Um militar do Exército Brasileiro, de 19 anos, relata um ataque supostamente partido por seis colegas na última quinta-feira (16/1) no 13º Regimento de Cavalaria Mecanizada, em Pirassununga (SP), onde atua. Ele teria sido capturado pelos militares e depois atacado com cabo de vassoura e pedaços de madeira, entre outros objetos.

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A Polícia Civil confirmou que foi registrado boletim de ocorrência de agressão no 1º Distrito Policial de Pirassununga e a denúncia foi encaminhada ao Exército. A corporação não respondeu às perguntas da reportagem.

O advogado Pablo Canhadas Pereira, que representa o soldado, disse à “Folha” que os ataques ocorreram em dois momentos diferentes. Na primeira, pediram ao jovem que limpasse o depósito de recicláveis ​​da unidade e, lá, ele teria sido socorrido por seis soldados, cinco soldados e um cabo.

Como tudo começou

“Mandaram que ele abaixasse as calças, o que ele recusou. Abaixaram as calças à força e disseram que seria por bem ou por mal. Esfregaram um cabo de vassoura entre suas nádegas. Meu cliente relatou que não houve inserção no ânus, mas da tentativa, ele conseguiu se libertar e fugiu do local”, descreveu.

Enviado para manter outro armazém, o jovem relatou ter sido contido novamente pelos militares, que mudaram de abordagem. Enquanto dois o seguravam, outros quatro o atacaram com objetos de madeira por mais de 30 minutos.

“No final, ele foi coagido. Disseram que se ele levasse o assunto ao conhecimento de seus superiores, acabariam com sua vida. Já em casa, ao se lembrar de tudo o que havia acontecido, sofreu uma convulsão e tentou matá-lo. O ataque foi bem sucedido devido à intervenção rápida e eficiente da Polícia Militar (PM), que conseguiu através de negociações acalmar o soldado e ajudá-lo com a ajuda do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência)” , ele disse.

Segundo o advogado, as lesões nas nádegas e na parte posterior dos braços e coxas são muito grandes, com hematomas extensos.

O soldado, que está no Exército há um ano, mora com a esposa e cuida da filha da cunhada. Com situação financeira precária, sua atividade complementar era trabalhar como garçom em serviços de catering e em restaurantes da cidade. Agora, diz o advogado, ele depende da ajuda de familiares devido aos surtos, que o deixam falando sozinho e instável.



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