Senado aprova MP que destinou R$ 12,2 bilhões para socorrer Rio Grande do Sul após enchentes

Senado aprova MP que destinou R$ 12,2 bilhões para socorrer Rio Grande do Sul após enchentes


O Senado manteve o texto aprovado na Câmara, com o mesmo teor enviado pelo governo.

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O Senado manteve o texto aprovado na Câmara, com o mesmo teor enviado pelo governo. (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (3) uma medida provisória (MP) que abriu R$ 12,2 bilhões em créditos para ajudar vítimas de enchentes no Rio Grande do Sul. O texto será agora promulgado. O dinheiro foi liberado e parte dele já foi utilizado por órgãos do Executivo em ações de auxílio ao Estado, pois a medida provisória entrou em vigor no dia de sua publicação no Diário Oficial da União. Mesmo assim, o texto precisa ser votado pela Câmara e pelo Senado.

– Ministério da Educação (MEC) – R$ 72 milhões;
– Ministério da Justiça – R$ 22 milhões;
– Ministério da Saúde – R$ 931,8 milhões;
– Ministério dos Transportes – R$ 1,2 bilhão;
– Ministério do Trabalho – R$ 497,8 milhões.

A MP, publicada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 11 de maio, destinou recursos a diversos órgãos governamentais. Durante a tramitação do texto na Câmara, deputados da oposição tentaram retirar da proposta um dispositivo que destinava R$ 416,1 milhões à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O dinheiro seria inicialmente destinado à importação de arroz, mas o governo cancelou o leilão após suspeitas de irregularidades. A maioria dos deputados, porém, entendeu que o texto da MP permite que o dinheiro seja utilizado em outras ações.

“O Estado do Rio Grande do Sul vive grande calamidade decorrente de desastres naturais de enormes proporções, com o cenário recente de chuvas intensas ocorridas entre os meses de abril e maio”, explicou o governo ao enviar a matéria ao Congresso. “A situação exige que o Governo tome medidas urgentes para ajudar as famílias afetadas por estes eventos climáticos extremos que estão a causar os mais diversos efeitos”, conclui o texto.

O Senado manteve o texto aprovado na Câmara, com o mesmo teor enviado pelo governo. Sem oradores inscritos, a MP foi aprovada em poucos minutos e segue para promulgação.

Após a votação, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), destacou que houve compromisso do Palácio do Planalto de não utilizar os recursos restantes destinados à formação de ações públicas —estimados por ele em 4 milhões de reais em leilões de arroz. A senadora Tereza Cristina (PP-MS) planejou apresentar um destaque para excluir essa possibilidade em novos leilões.

Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou o texto. A maioria dos deputados entendeu que o texto da MP permite que o dinheiro seja utilizado em outras ações.

“Não estamos tratando desses R$ 400 milhões para um produto específico, mas sim para uma política importante para a recuperação do estado, para a segurança alimentar, para o combate à fome e para o apoio à segurança nutricional, depois e durante essa recuperação”, afirmou. deputado Reginaldo Lopes (PT-MG).