Saúde de SP muda regra para consumo de medicamento para prevenção de HIV

Saúde de SP muda regra para consumo de medicamento para prevenção de HIV



O Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids, vinculado à SES (Secretaria de Estado de Saúde) de São Paulo, passou a recomendar, desde janeiro deste ano, que os usuários de PrEP (profilaxia pré-exposição) sob demanda descartem os medicamentos após 30 dias após abrindo a garrafa.

A indicação se deu por conta de um detalhe na bula do medicamento que garante a estabilidade dos comprimidos apenas por 30 dias após a abertura da embalagem. A nível nacional, contudo, não existe uma orientação clara do Ministério da Saúde.

A PrEP sob demanda é uma alternativa para a prevenção do HIV. Recomendado para homens cisgêneros e mulheres trans que não utilizam hormônios à base de estradiol, o método foi incorporado no Brasil em janeiro de 2023, após nota do Ministério da Saúde publicar no mês anterior.

Antes disso, o país tinha um modelo de profilaxia diária, em que o usuário consome todos os dias um comprimido que confere alta proteção contra o vírus causador da Aids.

No caso da PrEP sob demanda, a pessoa utiliza o medicamento apenas quando vai ter uma exposição de risco, como relação sexual. Em situações como essa, o usuário deve tomar dois comprimidos pelo menos duas horas antes da relação sexual. Em seguida, ela toma um terceiro comprimido 24 horas após a dose dupla e, por fim, um quarto comprimido 48 horas após a primeira ingestão.

A vantagem deste modelo é que proporciona outra forma de prevenção do VIH, tal como para aqueles que não podem ou não querem utilizar o modelo diário. “A profilaxia sob demanda aumentou a cobertura e permitiu que pessoas com alto risco de infecção pelo HIV usassem métodos mais eficazes”, afirma Alexandre Grangeiro, ex-diretor do Programa Nacional de HIV/Aids e pesquisador científico da FMUSP (Faculdade de Medicina da USP).

O método é disponibilizado gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e consiste na distribuição de frascos com 30 comprimidos. Após a abertura da embalagem, os comprimidos têm garantia de validade de 30 dias conforme informações na bula do medicamento.

No modelo diário não há problema, pois o usuário completaria o ciclo em 30 dias. Mas, no caso da PrEP sob demanda, “é muito provável que sejam utilizados menos de 30 comprimidos por mês, ultrapassando, portanto, o período de estabilidade após a abertura do frasco”, informa a nota publicada em janeiro pelo centro ligado à SES.

Em casos como este, prossegue a nota, os utentes devem deitar fora os comprimidos que sobrarem em pontos de recolha específicos, como farmácias ou na unidade de saúde que disponibilizou a PrEP. A Folha consultou a secretaria e a secretaria confirmou que a recomendação continua a mesma.

Segundo o ministério, a taxa de utilização no molde sob demanda representa 2% do total de dispensações e, se uma pessoa tiver pelo menos sete relações sexuais num mês e optar pela profilaxia sob demanda em todas elas, “ o risco de perda da medicação é praticamente zero.”

Para Grangeiro, mesmo com a questão da validade após a abertura do frasco, a profilaxia sob demanda deve continuar sendo recomendada por ser um método adicional no combate a novas infecções pelo HIV. Contudo, ele chama a atenção para uma possível economia de dinheiro público caso sejam adotadas novas alternativas para evitar o descarte de medicamentos.

E uma dessas possibilidades seria disponibilizar o medicamento em blister, já que os comprimidos são armazenados individualmente e não juntos como é o caso dos frascos. A secretaria estadual, porém, disse que aguarda o Ministério da Saúde, responsável pela aquisição dos medicamentos, sobre uma possível alternativa à disponibilização do medicamento em embalagens.

Por outro lado, a Secretaria de Saúde não respondeu se pretende adquirir a PrEP sob demanda em novo formato nem indicou se concorda ou não com a recomendação. A agência diz que é preciso “conservar [o remédio] entre 15°C e 30°C, proteger da luz e da umidade e manter na embalagem original com a tampa bem fechada”.

O ministério também não informou qual é o custo do medicamento, mas um estudo pré-print, ou seja, ainda sem revisão por pares, mostra que, entre 2019 e 2020, o preço médio da pílula foi de R$ 2,27.

A Saúde disse ainda que novos estudos do fabricante e do detentor do registro do medicamento precisam ser realizados para avaliar a extensão do prazo de validade do medicamento para mais de 30 dias após a abertura do frasco.

Prefeitura de SP lança máquina para garantir acesso à PrEP e PEP

Na última quinta-feira (30), a Prefeitura de São Paulo lançou um sistema para disponibilização de profilaxia pré e pós-exposição (PrEP e PEP) por meio de máquinas dispensadoras automáticas. Segundo a prefeitura, os usuários interessados ​​poderão realizar teleconsultas pelo canal SPrEP – PrEP e PEP online, disponível no aplicativo e-SaúdeSP. Após a consulta, a equipe médica emitirá uma receita e enviará um link via SMS com o QR Code para ser lido pela máquina.

A medida, segundo a prefeitura, visa quebrar barreiras de acesso à prevenção do HIV. As máquinas automáticas serão espalhadas pela cidade conforme avaliação de dados epidemiológicos e levantamento de equipes especializadas em relação às demandas locais da cidade. Segundo a administração, a estratégia deverá optimizar a logística e reduzir o tempo de espera para obtenção da profilaxia contra o VIH.



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