Santa Casa de Porto Alegre realiza primeiro procedimento de embolização de próstata

Santa Casa de Porto Alegre realiza primeiro procedimento de embolização de próstata


O procedimento é indicado principalmente para homens que sofrem com os sintomas da hiperplasia prostática benigna.

Foto: Divulgação/Santa Casa

O procedimento é indicado principalmente para homens que sofrem com os sintomas da hiperplasia prostática benigna. (Divulgação/Santa Casa)

Em um passo importante rumo ao tratamento da hiperplasia benigna da próstata (HPB), a equipe de Radiologia Intervencionista da Santa Casa de Porto Alegre realizou, na última sexta-feira (29), a primeira embolização da próstata da instituição.

Com abordagem minimamente invasiva, o procedimento foi conduzido pelo radiologista intervencionista Alex Hörbe em conjunto com o Dr. Joaquim Maurício da Motta Leal Filho, de São Paulo, referência nacional no procedimento.

Utilizada para reduzir o volume da próstata por meio do bloqueio dos vasos sanguíneos que irrigam o órgão, a embolização é uma técnica inovadora no tratamento da HBP, condição que atinge milhões de homens, principalmente com mais de 50 anos.

“Ao receber menos sangue, a próstata diminui de tamanho e consequentemente permite a desobstrução do canal da uretra, melhorando os sintomas obstrutivos urinários”, explica Hörbe, coordenador da unidade de Radiologia Intervencionista da Santa Casa.

O procedimento consiste na inserção de um cateter em uma artéria da virilha ou do punho, orientando o especialista até as artérias da próstata. Pequenas esferas são então liberadas para interromper o fluxo sanguíneo, reduzindo o tamanho da glândula e aliviando os sintomas urinários.

O procedimento é indicado principalmente para homens que sofrem com os sintomas da hiperplasia prostática benigna, como dificuldade para urinar, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga ou mesmo em casos de necessidade frequente de urinar, principalmente à noite.

As principais indicações são para pacientes com sintomas urinários moderados a graves, próstatas grandes, que tiveram efeitos colaterais significativos com medicamentos para HPB ou que apresentam alguma contraindicação ou até preferiram evitar a cirurgia tradicional.

Principais vantagens

Minimamente invasivo: sem cortes, reduzindo o tempo de internação e podendo ser realizado ambulatorialmente em alguns casos, permitindo rápida recuperação e retorno às atividades habituais em poucos dias.

Menor risco de complicações: reduz as chances de efeitos colaterais como incontinência urinária ou disfunção erétil, mais comuns em outros tratamentos mais invasivos.