Robos humanoides andam, falam e flertam em feira de tecnologia

Ouça esta notícia clicando aqui

A indústria da robótica humanóide cresceu tremendamente nos últimos anos, e os consumidores que procuram evidências disso não precisam ir além da CES 2025 em Las Vegas. O evento é usado para lançar produtos que vão desde novas tecnologias automotivas até gadgets peculiares, além de apresentar novas maneiras de usar a inteligência artificial.

À medida que o setor cresce, as empresas estão a encontrar o seu mercado, definindo os respetivos objetivos para onde os seus robôs humanóides podem ter melhor desempenho.

O cofundador David Yuan, da IntBot, com sede na Califórnia, não vê o robô Nylo em uma fábrica ou em qualquer grande indústria, mas em um ambiente pessoal entre humanos e robôs.

Para esse propósito, o IntBot teve que encontrar maneiras de desenvolver uma personalidade para Nylo e permitir que ele se expressasse de forma criativa e coloquial, em vez de de forma rígida e formal. Com esse espírito, o robô às vezes parece um pouco sarcástico, quase como um adolescente.

“Você é claramente a mais bonita… De nada, amiga. É sempre um prazer ouvir a verdade”, disse Nylo a um visitante da CES.

Yuan diz que eles usam o aprendizado de linguagem multimodal de IA para Nylo e estão tentando descobrir todos os diferentes aspectos da interação humano-robô.

“Por exemplo, linguagens corporais, expressões faciais, contato visual e até microexpressões. São algumas coisas que as pessoas não têm incentivo para fazer, seja na academia ou na indústria, porque não temos uma espécie de referência qualitativa para esses aspectos”, afirmou.

Enquanto isso, a Pollen Robotics, com sede em Bordeaux, França, continua focada na engenharia e produção de seus robôs humanóides.

Depois de criar o Reachy 1 em 2020 e vender cerca de 100 robôs globalmente desde então, a Pollen lançou o Reachy 2 em outubro de 2024, diz Mirasha Samantaray, gerente de desenvolvimento de negócios da Pollen.

Eles projetaram o Reachy pensando em pesquisadores e outros desenvolvedores. Eles o transformaram em uma plataforma robótica facilmente adaptável à IA.

“Com o pipeline de aquisição de dados, você pode usá-lo para treinar módulos de IA. Portanto, está pronto para IA e não para IA generativa – como a conhecemos hoje, com ChatGPT e tudo –. [Ele está pronto para] IA incorporada, que será usada no futuro para toda a robótica. Assim, permite aos investigadores testar os seus modelos em IA e também testar o seu código no sentido tradicional de treinar um robô”, diz Samantaray.

Pesquisadores e outros desenvolvedores de robótica humanóide podem personalizar Reachy com suas próprias mudanças, como adicionar mãos com dedos em vez das garras padrão de Pollen ou adicionar pernas e torná-lo bípede em vez das rodas de Pollen.

Voltar toda a tecnologia