Relembre as suspeitas que recaem sobre general Braga Netto

Relembre as suspeitas que recaem sobre general Braga Netto


(Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O general Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-vice-presidente de Bolsonaro na chapa 2022, preso neste sábado (14) no Rio de Janeiro, foi apontado pela Polícia Federal como um dos responsáveis ​​pela tentativa de golpe de Estado e , também, de assassinato de autoridades.

Braga Netto foi indiciado no mês passado junto com o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 35 pessoas, por supostamente participar da conspiração que visava manter o ex-presidente no poder.

Entre as implicações elencadas pela PF está a aprovação do plano de assassinato dos então eleitos presidente e vice-presidente Lula e Geraldo Alckmin, e do ministro do STF Alexandre de Moraes.

O plano, elaborado pelo general da reserva Mario Fernandes – preso em novembro, foi apresentado a Braga Netto, em reunião na casa do ex-ministro de Bolsonaro em novembro de 2022.

Segundo a PF, o plano denominado “Adaga Verde e Amarela” falava em assassinar, em dezembro de 2022, as três autoridades.

Naquela época, Lula e Alckmin já haviam sido eleitos, mas ainda não haviam tomado posse como Presidente da República. Moraes foi presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na casa de Braga Netto, os tenentes-coronéis Mauro Cid e Ferreira Lima, e o major Rafael de Oliveira discutiram o plano com Braga Netto, que teria aprovado o documento.

A reunião foi no dia 12 de dezembro, três dias antes da data escolhida para os crimes.

“A reunião contou com a presença do Tenente Coronel MAURO CESAR CID, do Major RAFAEL DE OLIVEIRA e do Tenente Coronel FERREIRA LIMA, momento em que o planejamento foi apresentado e aprovado pelo General BRAGA NETTO”, diz a PF.

A investigação da PF aponta ainda que os golpistas planejavam colocar os generais Augusto Heleno, então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Braga Netto, como comandantes de um gabinete de crise em resposta às mortes das autoridades.

O plano previa o envenenamento de Lula e Moraes e a criação do “Gabinete de Gestão de Crises Institucionais”. Havia até um anteprojeto pronto para a sua criação, documento encontrado com o general Mário Fernandes no dia 19 de novembro.

Além dos generais Heleno e Braga Netto, a investigação da PF identificou que o grupo contava com outros militares em sua formação, entre eles o general Mário Fernandes e Filipe Martins, na época assessor de Bolsonaro.