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A Editorial Sul
| 14 de dezembro de 2024
Segundo as investigações, o plano para matar autoridades foi traçado pelo general da reserva Mário Fernandes. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
Na decisão que determina a prisão do general Braga Netto, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que provas obtidas pela Polícia Federal (PF) e novo depoimento de Mauro Cid indicam que os militares obtiveram e entregaram os recursos necessários para a organização e execução do operação “Adaga Verde e Amarela”.
O plano “Punhal Verde e Amarelo” foi detalhado com base em investigações da Polícia Federal no âmbito da Operação Contragolpe, que prendeu militares e um policial suspeito de envolvimento no caso em novembro.
A operação previa o assassinato de autoridades – Presidente Lula; o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A ação ocorreria como um desdobramento do golpe de Estado de 2022, caso este fosse consumado.
Segundo Moraes, o relatório de Mauro Cid, em audiência no Supremo em novembro, indicava que Braga Netto transferiu dinheiro diretamente para o major Rafael de Oliveira. Os recursos, que estavam num saco de vinho, seriam utilizados para cobrir as despesas necessárias à operação.
Para Moraes, há elementos que comprovam que os militares contribuíram – “num grau mais eficaz e altamente importante do que se sabia anteriormente” – para o planeamento e financiamento de práticas ilegais.
“Há fortes indícios e provas substanciais de que, no contexto da organização criminosa, o investigado WALTER SOUZA BRAGA NETTO contribuiu, em grau mais eficaz e de grande importância do que se conhecia anteriormente, para o planejamento e financiamento de um golpe de Estado , cuja consumação presumia, na visão dos investigados, a detenção ilegal e possível execução do então Presidente do TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL e Ministro do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, com a utilização de técnicas militares e terroristas, além do possível assassinato dos candidatos eleitos nas Eleições 2022, LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA e GERALDO ALCKMIN e, eventualmente, das prisões de pessoas que pudessem oferecer qualquer resistência institucional à tentativa de golpe”, escreveu o ministro.
Investigações
Segundo as investigações, o plano para matar autoridades foi traçado pelo general da reserva Mário Fernandes, preso em novembro.
Segundo os investigadores, os detalhes teriam sido apresentados a Braga Netto, em reunião na casa do ex-ministro de Bolsonaro, em novembro de 2022.
A reunião foi no dia 12 de novembro, três dias antes da data escolhida para os crimes.
“A reunião contou com a presença do Tenente Coronel MAURO CESAR CID, Major RAFAEL DE OLIVEIRA e Tenente Coronel FERREIRA LIMA, momento em que o planejamento foi apresentado e aprovado pelo General BRAGA NETTO”, disse a PF.
Investigação da Polícia Federal aponta ainda que os golpistas planejavam colocar os generais Augusto Heleno, então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Braga Netto como comandantes de um gabinete de crise em resposta às mortes das autoridades.
O plano previa o envenenamento de Lula e Moraes e a criação do “Gabinete de Gestão de Crises Institucionais”. Havia até um anteprojeto pronto para a sua criação, documento encontrado com o general Mário Fernandes no dia 19 de novembro. As informações são do portal de notícias G1.
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Relembre a operação “Punhal Verde Amarelo”, o plano para assassinar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes
14/12/2024
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