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A Editorial Sul
| 12 de janeiro de 2025
Antônio Martins dos Santos Filho admitiu envolvimento no caso e foi reconhecido pelos sobreviventes.
Foto: Reprodução/PC
Antônio Martins dos Santos Filho admitiu envolvimento no caso e foi reconhecido pelos sobreviventes. (Foto: Reprodução/PC)
A Polícia Civil de São Paulo prendeu, neste sábado (11), Antônio Martins dos Santos Filho, conhecido como “Nero do Piseiro”, sob suspeita de ter liderado o ataque a um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que deixou pelo menos dois mortos em Tremembé (SP), região do Vale do Paraíba.
Segundo o delegado Marcos Rogério Pereira Machado, responsável pela comunicação social da Delegacia Seccional de Taubaté (SP), Nero estava escondido no bairro Santa Tereza, em Taubaté (SP), cidade vizinha a Tremembé, e foi detido em flagrante. Com ele, a polícia apreendeu uma motocicleta provavelmente utilizada na prática do crime. A investigação aponta “Nero do Piseiro” como o responsável pela “organização e participação no massacre”, cuja motivação estava relacionada com uma disputa por terras no assentamento.
“Aguardamos a audiência de custódia. Vamos acompanhar e aguardar o resultado. Se ele será solto ou se a prisão em flagrante será convertida em preventiva”, afirma Machado.
O delegado Marcos Ricardo Parra, chefe da seção de Taubaté, disse neste sábado que Nero, 41, admitiu envolvimento no caso e foi reconhecido pelos sobreviventes do ataque que o viram no local. O grupo não utilizou máscaras durante a ação, e o homem identificado já era conhecido dos Sem Terra. Segundo o delegado, o suspeito está colaborando com as investigações apontando possíveis locais onde os demais envolvidos possam ser encontrados.
Natural de Petrolina, interior de Pernambuco, Nero do Piseiro foi condenado por porte ilegal de arma de fogo em abril de 2024, recebendo pena de dois anos de reclusão em regime inicial aberto, além de pagar multa. Em novembro do mesmo ano, porém, foi absolvido em segunda instância.
O suspeito permaneceu em silêncio durante o primeiro depoimento, optando por não responder às perguntas feitas pela Polícia Civil. Porém, posteriormente afirmou que estava arrependido e, sobre sua participação no crime, disse que “foi chamado para ir até lá”.
Pai de sete filhos, com idades entre 2 meses e 26 anos, Nero informou à polícia que não concluiu o ensino médio, mora em um alojamento coletivo em um bairro rural de Tremembé e trabalha como autônomo, com renda mensal de R$ 2 mil. .
(Estadão Conteúdo)
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Quem é “Nero do Piseiro”, o homem preso sob suspeita de ser o responsável por um ataque ao MST
12/01/2025
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