RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O número de mortes confirmadas subiu para seis depois que a ponte Juscelino Kubitschek, que liga os estados do Tocantins e do Maranhão, desabou neste domingo (22). Os mergulhadores retomaram as buscas subaquáticas na tarde desta quarta-feira (25) e encontraram mais duas vítimas.
Foram localizados os corpos de Anísio Padilha Soares, de 43 anos, e Silvana dos Santos Rocha Soares, de 53 anos. No momento do acidente, eles estavam em um caminhão carregado com portas de MDF, junto com a neta Lorrane Cidronio de Jesus, de 11 anos, encontrada ontem (24).
Pelo menos 11 pessoas ainda estão desaparecidas após o acidente, incluindo duas crianças. Na terça-feira (24), equipes de busca também localizaram o corpo do motorista Kecio Francisco Santos Lopes, de 42 anos, que dirigia um caminhão com defensivos agrícolas que desabou quando a ponte cedeu, e de Andreia Maria de Sousa, de 45 anos, motorista de um caminhão transportando ácido sulfúrico.
Trabalham na ação 29 mergulhadores da Marinha, além de equipes subaquáticas do Corpo de Bombeiros dos estados do Maranhão, Tocantins e Pará.
Segundo o Corpo de Bombeiros do Maranhão, os mergulhadores enfrentam dificuldades nos trabalhos de resgate devido às características do rio, como baixa visibilidade e forte correnteza. Além disso, a profundidade do rio no local do acidente gira em torno de 50 metros, o que também dificulta os trabalhos de busca.
Para auxiliar nas buscas, as equipes utilizam um equipamento chamado SideScan Sonar, que identificou a possível localização do caminhão, a aproximadamente 40 metros de profundidade.
“A presença de entulhos da ponte e da carga perigosa dos caminhões (ácido sulfúrico e defensivos agrícolas) exige cuidados redobrados de segurança, pois esses produtos representam risco aos mergulhadores”, afirmou a corporação.
Segundo Ana (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico), porém, até o momento não há indícios de contaminação.
A operação com mergulhadores foi interrompida no início da noite de domingo após autoridades alertarem sobre o risco de contaminação do rio Tocantins. Entre os veículos que caíram na água estavam dois caminhões-pipa transportando 76 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de defensivos agrícolas.
O parecer técnico da agência para parâmetros básicos de qualidade da água não constatou alterações significativas. A avaliação limita-se aos impactos imediatos de um possível derrame de ácido sulfúrico.
Ainda segundo Ana, ainda não há informações sobre o real rompimento das embalagens do agrotóxico, que podem ter permanecido intactas.
As análises estão sendo realizadas com o apoio da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), do Ministério do Meio Ambiente e da Embrapa Meio Ambiente.
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Uma reunião entre instituições do governo federal, do Tocantins e do Maranhão foi marcada para a tarde desta quinta-feira (26) para “monitorar os impactos nos usos múltiplos da água decorrentes do colapso da ponte sobre o rio Tocantins”.
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