VINHEDO, SP (FOLHAPRESS) – A força-tarefa formada por órgãos de segurança para resgatar os corpos das vítimas do voo 2283, que caiu em Vinhedo (SP) na tarde desta sexta-feira (8/9), deve ser encerrada após a retirada de três chaves peças para a investigação do acidente.
Por volta das 21h deste sábado (8/10), logo após a recuperação dos corpos das últimas vítimas, uma equipe de 15 bombeiros trabalhou na retirada dos dois motores turboélice e da cauda da aeronave. Segundo a tenente Laís Marcatti, porta-voz do Corpo de Bombeiros, essas três peças seriam retiradas do local do acidente por funcionários da companhia aérea Voepass (antiga Passaredo), responsável pelo avião que sofreu o acidente.
“Nosso trabalho agora é retirar esses motores e a cauda, que estão entre os destroços, e deixá-los em local de mais fácil acesso, para que o caminhão da empresa possa recolher e levar esses motores para inspeção em São Paulo”, informou Marcatti . Os motores foram queimados pelo incêndio que se seguiu à queda do avião, mas ainda estavam relativamente intactos, segundo a porta-voz.
Todo o trabalho científico forense no local do acidente já havia sido concluído na noite de sábado, informou ela. A previsão é que os caminhões da empresa cheguem na noite de sábado para levá-los, sob escolta policial, ao local da perícia.
Após a entrega dos motores e cauda à empresa, a retirada do restante da fuselagem do avião, inclusive da cabine, ficará sob responsabilidade da empresa. A perícia e investigação das causas do acidente serão realizadas pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão ligado à Força Aérea Brasileira.
Assim, o trabalho dos bombeiros deve terminar, bem como a mobilização da maioria da força policial que apoiou o resgate dos corpos.
A ação envolveu mais de 60 bombeiros neste sábado, sem contar profissionais das polícias Militar, Civil, Federal e Aeronáutica que atuaram no local desde as primeiras horas após o acidente.
Pelo menos uma das casas do condomínio Recanto Florido, onde o avião caiu, deverá permanecer fechada. O acesso à chamada “área quente” do acidente, onde estão concentrados os destroços, deverá permanecer restrito por tempo indeterminado.
O último corpo das vítimas do voo VoePass 2283 foi resgatado dos destroços pouco antes das 19h deste sábado. A Polícia Científica transportou os restos mortais das últimas 12 vítimas da queda do avião na noite de sábado, em um comboio de três carros cadavéricos, de Vinhedo até a capital paulista.
A porta-voz do Corpo de Bombeiros também confirmou que o corpo de um cachorro foi recuperado. Era a cadela Luna, que viajava com uma família de venezuelanos que tentava retornar ao seu país de origem.
O resgate começou pela frente da aeronave, que foi menos afetada pelo fogo após a queda. À medida que o trabalho avança em meio aos destroços carbonizados, fica mais difícil recuperar os restos mortais das vítimas. Parte da fuselagem ficou carbonizada e pressionada pelo impacto da queda.
Segundo o capitão Michael Cristo, porta-voz do Corpo de Bombeiros, os corpos foram encontrados “como se estivessem sentados em seus respectivos assentos”.
Todos os corpos foram levados à Central do IML (Instituto Médico Legal) da cidade de São Paulo para identificação.
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