Professores de universidades federais começam a abandonar greve

Professores de universidades federais começam a abandonar greve



FOLHAPRESS – Professores de universidades federais decidiram abandonar a greve, contrariando o Sindicato Nacional dos Professores das Instituições de Ensino Superior (Andes). A entidade deseja continuar o movimento até que o governo Lula (PT) ofereça reajuste salarial para 2024.

A greve dura mais de dois meses.

Até a noite desta quinta-feira (20/6), professores de instituições como UnB (Universidade de Brasília), UFPR (Universidade Federal do Paraná), UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) e UFMA (Universidade Federal do Maranhão) decidiu voltar para a sala de aula.

Essa debandada ocorre após as tentativas de Lula se aproximar da categoria. Nas últimas semanas, o presidente reuniu-se com reitores, ouviu suas demandas e prometeu agir. Depois, o governo anunciou um pacote de investimentos nas universidades e fez, através do Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos, uma nova proposta para acabar com a greve.

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Brasília ofereceu, por exemplo, a revogação da portaria 983, que aumenta a carga horária letiva. Foi também prometida a criação de um grupo de trabalho permanente para discutir a reestruturação da carreira académica.

Porém, nenhuma proposta de reajuste salarial foi apresentada em 2024. Por isso, Andes decidiu recusar os termos, após a greve.

Nas universidades, porém, o clima era diferente. Segundo petistas, Lula pediu a alguns de seus apoiadores mais próximos que conversassem com servidores e enfatizassem todos os benefícios oferecidos pelo governo, além de fazerem promessas de melhorias futuras, contornando os dirigentes sindicais.

Teve efeito e professores de algumas universidades decidiram acabar com a greve.

História da greve

A greve dos professores das universidades federais começou no dia 15 de abril. Eles pediam reajuste salarial e recomposição do orçamento dos centros educacionais.

Representados pela Andes, os servidores exigem aumento de 3,69% em agosto deste ano, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio de 2026. Brasília oferece 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.

No dia 22 de maio, o governo assinou acordo com a Proifes (Federação dos Sindicatos dos Professores e Docentes das Instituições Federais de Ensino Superior e Ensino Básico Técnico e Tecnológico), uma das entidades que representam os professores federais, visando o fim da greve.

Mas na quarta-feira (29/6) a Justiça Federal anulou o acordo, após ação movida pela Associação de Docentes da Universidade Federal de Sergipe, filial da Andes.

O desembargador Edmilson da Silva Pimenta, da 3ª Vara Federal de Sergipe, argumentou na decisão que um acordo entre o governo Lula e apenas uma entidade poderia prejudicar os “direitos reivindicados pelo movimento paredista de professores que não são representados por aquela entidade”. E citou como agravante o fato do Proifes não ter registro sindical, sendo uma federação de sindicatos.

Tentando acalmar os ânimos, o governo lançou nesta segunda-feira (6/10) um PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para universidades federais e hospitais universitários, com previsão de R$ 5,5 bilhões em investimentos.

Os valores, porém, já estavam previstos no orçamento deste ano e só foram adiantados, como mostrou a Folha.

O ministro da Educação, Camilo Santana, também anunciou aumento de recursos para financiar instituições federais, totalizando R$ 400 milhões. Desse total, R$ 279,2 milhões serão destinados às universidades e outros R$ 120,7 milhões aos institutos federais.

Assim, o orçamento de 2024 para centros educacionais chega a R$ 6,38 bilhões. O valor já é superior aos R$ 6,26 bilhões de 2023.

Além de abranger as instituições existentes, o novo programa prevê a construção de dez novos campi em todo o país, em São Gabriel da Cachoeira (AM), Rurópolis (PA), Baturité (CE), Sertânia (PE), Estância (SE), Jequié (BA), Cidade Oeste (GO), Ipatinga (MG), São José do Rio Preto (SP) e Caxias do Sul (RS).

Mesmo com o aumento orçamentário, a presidente da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) e reitora da UnB (Universidade de Brasília), Márcia Abrahão, cobrou uma solução para a questão salarial dos servidores universitários.

No mesmo dia do anúncio, o presidente Lula exigiu o fim da greve dos professores, dizendo que não havia motivo para continuar com o movimento. Isso irritou os servidores.



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