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A Editorial Sul
| 20 de dezembro de 2024
Presidente da Câmara reforça que o PL da Anistia para os condenados do dia 8 de janeiro “não está enterrado”. (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), destacou aos aliados que uma possível reforma ministerial do governo de Luiz Inácio Lula da Silva deve incluir a inclusão de nomes que representem mais diretamente os interesses do Congresso Nacional .
Nas últimas semanas de sua gestão como presidente da Câmara, Lira tem defendido enfaticamente uma maior presença de Lula entre os parlamentares, incentivando o presidente a adotar uma postura mais participativa nos diálogos e acontecimentos, como ocorreu em seus dois primeiros mandatos.
Sobre as mudanças previstas na composição ministerial, Lira tem criticado a atual distribuição das pastas, argumentando que o PT, apesar de ocupar ministérios de grande relevância, detém apenas 12% dos votos no plenário.
Aponta ainda a insatisfação com a situação do PSD, partido que tem três ministérios, mas nenhum considerado “forte” ou estratégico, do ponto de vista da Câmara. Atualmente, André de Paula (PSD) representa o partido na Esplanada à frente do Ministério da Pesca e Aquicultura, cargo que não é visto como de grande impacto político.
Lira reforçou que ajustes nesse sentido, aliados a um maior diálogo direto entre Lula e parlamentares, poderiam evitar episódios como o que ocorreu na votação do pacote fiscal apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A proposta enfrentou resistência na Câmara, destacando, segundo Lira, a necessidade de um alinhamento político mais robusto.
Frustrações
Às vésperas de encerrar o mandato, em fevereiro, Arthur Lira não esconde suas frustrações com dois temas que não avançaram durante seus quatro anos à frente da Câmara: o projeto de regulamentação das redes sociais e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC). que visa alterar a composição do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Este último é especialmente controverso, sendo visto pelos procuradores como uma ameaça à autonomia da agência.
Hugo Motta (Republicanos-PB), favorito para suceder Lira na presidência da Câmara, herdará a tarefa de tratar desses dois temas complexos, além de outras demandas delicadas.
Anistia
Entre os desafios previstos para o próximo presidente está a realização de debates sobre o projeto de anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Lira, ao ser questionado, afirmou que o tema “não está morto”, mas destaca que Motta terá a difícil tarefa de decidir o momento ideal para colocá-lo em pauta, evitando agir sob pressão ou em meio a tensões políticas elevadas.
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Presidente da Câmara dos Deputados defende mais espaço para parlamentares na reforma ministerial e diz que unidade da base depende de Lula
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