Presidente da Câmara dos Deputados acena com mudança sobre verba destinada por parlamentares: “Emenda pix terá que ser aprimorada”

Presidente da Câmara dos Deputados acena com mudança sobre verba destinada por parlamentares: “Emenda pix terá que ser aprimorada”


Segundo ele, esse tipo de ferramenta foi criada devido aos entraves criados pela burocracia para a liberação de outros tipos de emendas.

Foto: Ag. Câmara

Segundo ele, esse tipo de ferramenta foi criada devido aos entraves criados pela burocracia para a liberação de outros tipos de emendas. (Foto: Ag. Câmara)

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse em entrevista ao jornal O Globo que as chamadas “emendas pix”, em que valores são enviados pelos parlamentares às prefeituras e estados, sem finalidade específica, terão que ser remodelados. A ideia é que esse tipo de recurso possa ter, justamente, uma marca para o destino.

Segundo ele, esse tipo de ferramenta foi criada devido aos entraves criados pela burocracia para a liberação de outros tipos de emendas. Com o repasse direto para estados ou municípios, os gestores locais têm mais liberdade para realizar obras e realizar investimentos.

“Talvez meus amigos não gostem, mas sou muito crítico e defendo emendas, mas não uso o Pix (alteração), porque acho que o Pix vai ter que ser melhorado agora para ter o objeto. De onde veio a emenda do Pix? Burocracia governamental. O grupo fez uma emenda para transferência direta (para a prefeitura). Podemos avançar? Pudermos. Vamos fazer a emenda do Pix com um objeto específico. Então, vai para construir uma ponte, vai para construir uma escola, vai para construir um sistema de água”, disse Lira.

Em abril, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino convocou os presidentes da República, do Senado e o próprio Lira para se manifestarem sobre um suposto descumprimento de decisão da Corte que considerava inconstitucional o chamado orçamento secreto.

No despacho, Dino pede esclarecimentos justamente sobre as chamadas “alterações do pix”. Na decisão em que o STF declarou ilegal o mecanismo, em 2022, a Corte cobrou transparência sobre o destino das chamadas “alterações de relator”.