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A Editorial Sul
| 10 de novembro de 2024
Simão Pedro Pequeno assumirá cadeira na Assembleia Legislativa do Ceará. (Foto: Reprodução/Facebook)
O prefeito eleito de Orós, Simão Pedro (PSD), afirmou que vai renunciar ao cargo para se tornar deputado. A mãe dele, que é vice-presidente, deverá assumir a gestão. Tereza Cristina Pequeno (PSB) tem 73 anos e já foi prefeita da cidade na década de 1990.
Mas, uma lista eleitoral pode ser composta por mãe e filho e/ou parentes próximos? No contexto eleitoral brasileiro, a formação de chapas por parentes de primeiro grau, como mãe e filho, é regulamentada pelo artigo 14 da Constituição Federal.
Este dispositivo estabelece que o cônjuge e parentes consanguíneos ou semelhantes, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, Prefeito ou de quem os tenha substituído nos seis meses anteriores à eleição, a menos que já exerçam mandato eletivo e sejam candidatos à reeleição.
Luiz Felipe Andrade, especialista em direito eleitoral e membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (ABRADEP), explica que é possível que a chapa seja composta por mãe e filho ou outros parentes de primeiro grau, desde que haja não há impedimentos legais específicos.
“A inelegibilidade por parentesco prevista no artigo 14 da Constituição Federal aplica-se principalmente para evitar a perpetuação de grupos familiares no Poder Executivo. Portanto, caso nenhum dos membros da chapa ocupe ou tenha ocupado recentemente cargo executivo que gere inelegibilidade ao outro, é permitida a formação da chapa.”
Ou seja, se o titular da chapa já fosse prefeito e buscasse a reeleição, então não poderia haver parente próximo na chapa.
Razões
No caso do prefeito eleito de Orós, Simão é deputado estadual suplente e deve assumir a cadeira de Gabriella Aguiar (PSD) na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).
Gabriella é vice-prefeita eleita na chapa de Evandro Leitão (PT) para prefeito de Fortaleza e renunciará ao cargo na Acele. Sendo Simão o primeiro deputado do partido, deverá ser chamado a assumir a função.
Simão disse que a demissão já foi decidida e que a chapa (composta por ele e pela mãe) também foi desenhada estrategicamente.
“Vou renunciar no dia da posse, como prefeito. Terei dois diplomas, mas optarei pelo cargo de deputado permanente, porque ajuda muito mais o município quando sou deputado. E uma pessoa muito próxima de mim, que é minha mãe, como prefeita, foi uma das melhores prefeitas da história de Orós. Então não tenho dúvidas que essa casinha será muito importante para Orós, para a região e para todos os municípios que também acreditaram em mim na campanha para deputado”, disse Simão.
Orós tem 19.675 habitantes e fica a aproximadamente 350 quilômetros de Fortaleza. Simão Pedro tem 43 anos e já foi prefeito da cidade duas vezes. Este seria seu terceiro mandato.
Sua deputada (e mãe), Tereza Cristina Pequeno (PSB), tem 73 anos e foi prefeita da cidade entre 1993 e 1996.
O PSD é o terceiro partido com maior número de prefeitos eleitos em todo o Ceará, totalizando 16. Com a saída de Simão, são 15.
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Prefeito eleito no Ceará deixa de tomar posse para que sua mãe assuma; veja o que diz a Constituição
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