Prefeito de SP não irá à Parada LGBT+ por causa de consulta médica

Prefeito de SP não irá à Parada LGBT+ por causa de consulta médica



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que não poderá comparecer à 28ª Parada do Orgulho LGBT+, no domingo (2), na Avenida Paulista, porque tem consulta médica para retornar de dois exames realizado no Nos últimos dias, uma endoscopia e uma colonoscopia.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, seus adversários na disputa municipal, os deputados federais Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB), que têm mais apoiadores entre o público progressista, confirmaram presença no evento.

Nunes e outros políticos de direita, como o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), estiveram, por sua vez, na Marcha para Jesus, principal evento evangélico da capital, nesta quinta-feira (30) – onde Boulos e Tabata estiveram ausentes.

Após participar da Marcha para Jesus, Nunes disse à imprensa que não poderia ir ao desfile por causa da consulta, mas que enviaria representantes e que implementou uma série de políticas para o público LGBT+.

“Não poderei ir ao desfile, vou voltar para fazer exame de endoscopia e colonoscopia que fiz. […] Estarei representado lá. [Eu] Eu iria, não tem problema, tenho um bom relacionamento com essa comunidade, mas preciso muito fazer meu retorno, só terei no domingo”, disse.

À reportagem, o prefeito reafirmou que só tem domingo livre para consultas e exames, e enviou ecocardiograma e ultrassonografia realizados no dia 19, um domingo, devido a dores abdominais.

Os representantes da prefeitura no evento serão o coordenador de políticas de diversidade, Leo Áquila, e a secretária de Direitos Humanos, Soninha Francine.

Entre as medidas que listou, Nunes disse que forneceu toda a estrutura da Parada LGBT+, inaugurou o primeiro centro de acompanhamento médico para pessoas trans, além de aumentar as vagas do programa Transcidadania de 100 para 800 e os centros de tratamento de 1 para 32. de pessoas trans na cidade.

Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições municipais, Nunes atrai eleitores conservadores de direita. Nos anos anteriores, 2022 e 2023, quando já ocupava a cadeira de prefeito, o emedebista também não esteve presente na Parada LGBT+, cujo público costuma vaiar Bolsonaro. Ele enviou representantes em ambas as ocasiões.

A postura difere da adotada por seu antecessor, Bruno Covas (PSDB), que desfilou nas edições anteriores e se posicionou politicamente a favor da comunidade LGBT+.

A presença de Nunes na Marcha para Jesus foi uma homenagem aos evangélicos, segmento em que ele tem grande vantagem sobre os adversários. A pesquisa Datafolha desta quarta-feira (29), que tem Boulos (24%) e Nunes (23%) empatados na liderança, mostra que o prefeito chega a 28% entre os evangélicos, enquanto o deputado do PSOL marca 12%.

Entre os católicos, Nunes tem 26% e Boulos, 23%. Católico, Nunes integrou a chamada bancada religiosa da Câmara Municipal quando era vereador.

Na quinta-feira, Nunes passou o dia na Marcha para Jesus e, pela manhã, percorreu o percurso do evento em cima do trio elétrico, ao lado da primeira-dama, Regina Carnovale Nunes. O apóstolo Estevam Hernandes elogiou a presença do prefeito, referindo-se a ele como “um líder que reconhece a importância de Jesus Cristo para São Paulo e para o Brasil”. Ao microfone, Nunes disse que ama Jesus.

Como mostrou a Folha, a Parada LGBT+ deverá ter tom político este ano. Com o tema “Basta de Negligências e Retrocessos no Legislativo”, os organizadores pretendem refletir sobre a importância do voto “consciente” e representativo.

Os participantes foram convidados a usar roupas verdes e amarelas. A ideia é retomar o uso das cores da bandeira brasileira, associadas à direita bolsonarista nos últimos anos.

Em 2022, após dois anos de edições virtuais devido à pandemia de Covid-19, Nunes participou do lançamento da Rede Orgulho, encontro promovido em um hotel da zona sul pela Associação Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, que também organiza o parar. O prefeito, porém, não marchou no evento em si.

Naquele ano, o tema do desfile foi “Vote com Orgulho” e houve momentos em que o público gritou “Fora, Bolsonaro”.

Ainda em 2022, a ex-prefeita Marta Suplicy, hoje petista e vice-presidente de Boulos, foi à Parada LGBT+ e criticou o ex-presidente. Na época, ela era secretária de Relações Internacionais de Nunes na prefeitura.

Na edição do ano passado, Tarcísio enfrentou críticas de seus apoiadores pelo financiamento do desfile pelo governo paulista e pelo projeto de parceria público-privada que prevê a instalação de um centro de cultura LGBT+ na Avenida Paulista – investimento de R$ 60 milhões.



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