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A Editorial Sul
| 4 de janeiro de 2025
Vice Mello Araújo (à esquerda) e prefeito Ricardo Nunes durante cerimônia de posse, na Câmara Municipal de São Paulo. (Foto: Reprodução)
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), reverteu a decisão de nomear seu vice, coronel Mello Araújo (PL), indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, como secretário. Antes de iniciar o segundo mandato, Nunes havia anunciado que Mello Araújo comandaria a Secretaria Executiva de Projetos Estratégicos.
Porém, o prefeito manteve Edsom Ortega na pasta, destacando que o deputado terá função estratégica no governo, sem necessariamente ocupar cargo de secretário.
“Ele é uma pessoa que estará ao meu lado todos os dias, acompanhando, participando, ajudando e atuando na gestão. A questão de saber se você tem ou não a função não afeta o trabalho que você fará. Ele será o responsável pelas ações estratégicas da Prefeitura de São Paulo”, afirmou Nunes durante entrevista coletiva.
Desde a primeira reunião da secretaria de Nunes, na quinta-feira (2), esse tem sido o recado da gestão: Mello Araújo terá papel na coordenação de ações estratégicas na prefeitura —que às vezes englobam mais de uma secretaria.
Nunes já havia avançado nesta quinta, e a nota da prefeitura reforça, por exemplo, que o vice-prefeito será o responsável pelo Plano Preventivo de Chuvas de Verão, que inclui políticas públicas de todas as secretarias relacionadas ao tema.
Agenda liberal
Com a retirada da indicação de Mello Júnior, o PL de Bolsonaro, partido do vice-prefeito, ficou com apenas duas Secretarias: a Secretaria Verde e Meio Ambiente e a Secretaria Executiva de Desestatização e Parcerias.
O MDB de Nunes ganhou destaque na nova gestão. O partido ocupará pelo menos seis secretarias, incluindo a Casa Civil, comandada por Enrico Misasi, presidente do diretório municipal do MDB, e outras secretarias estratégicas, como Habitação, Cultura, Gestão e Direitos Humanos e Cidadania.
Nunes reforçou a defesa de uma agenda liberal, com foco nas privatizações e nas parcerias público-privadas (PPPs).
Criticou a esquerda por questionar o programa de concessões que inclui desde cemitérios até a gestão de escolas públicas. “Estamos mostrando que nosso modelo liberal é o correto. As concessões e as PPPs têm dado resultados positivos”, afirmou o prefeito.
Entre os planos para o novo mandato, Nunes destacou a concessão de 50 escolas públicas à iniciativa privada, além de ampliar parcerias para reformas em unidades educacionais.
Em seu primeiro mandato, enfrentou críticas sobre as concessões de cemitérios, devido aos altos preços cobrados pelas concessionárias e ao mau atendimento.
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Prefeito de São Paulo recua e desiste de nomear deputado indicado por Bolsonaro como secretário
04/01/2025
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