Colocar
A Editorial Sul
| 30 de dezembro de 2024
Para muitos, este período pode ser emocionalmente difícil, principalmente se não tiveram um ano muito bom.
Foto: Freepik
Para muitos, este período pode ser emocionalmente difícil, principalmente se não tiveram um ano muito bom. (Foto: Freepik)
Dezembro é conhecido como o mês da despedida e da renovação. Em geral as pessoas estão felizes, comemoram as festas de fim de ano, reavaliam o ano que passou, traçam novas metas para o novo ciclo e fazem uma reflexão pessoal sobre o que querem e precisam mudar, e quem querem ao seu lado. Porém, nem todos se identificam com essa felicidade.
Psiquiatras alertam: dezembro é um dos meses do ano em que mais trabalham. São inúmeros os novos casos de pacientes com crises de ansiedade e depressão. E, em pessoas já diagnosticadas com problemas de saúde mental, há aumento de crises graves.
O crescimento ocorre principalmente depois do Natal e dura até o início de janeiro. No meio médico, essa condição é chamada de “dezembrite”, ou doença de dezembro, popularmente conhecida como “Síndrome do Fim de Ano”.
Para muitos, este período pode ser emocionalmente difícil, principalmente se não tiveram um ano muito bom, seja pessoalmente ou profissionalmente. São pessoas que perderam entes queridos, passaram por separações, doenças, dificuldades econômicas ou, simplesmente, não alcançaram seus sonhos e acabam relembrando experiências que gostariam de ter esquecido. Criam-se camadas de angústia e ansiedade que, quando não tratadas, podem levar a uma depressão mais grave.
“O ciclo anual é arbitrário. Os últimos dias de dezembro são quando as pessoas refletem sobre suas vidas e isso gera angústia. É como uma casa que fica o ano todo sem limpeza e, quando você incentiva essa limpeza, a poeira sobe”, explica o psiquiatra Arthur Danila, coordenador do Programa de Mudança de Hábitos e Estilo de Vida do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas. da Faculdade de Medicina da USP.
Segundo o médico, é um apelo da própria sociedade: “As pessoas postam nas redes sociais o quanto estão felizes, passam a relembrar as coisas boas que aconteceram e quem já está fragilizado, quem não teve um bom ano por inúmeros fatores, ele acaba refletindo sobre o que vê e passa a rever o que deu errado em sua vida, gerando uma crise de ansiedade”, completa.
Outro fator para o aumento das crises de depressão, ansiedade e angústia nesta época do ano são as reuniões familiares. Os laços entre membros da mesma família podem ter sido rompidos e interrompidos. Ter que ficar ao lado daquela pessoa, mesmo que por algumas horas, pode liberar sentimentos ruins que estavam armazenados há muito tempo, transformando-se em raiva, agressividade e aversão.
“Esse ritual, de estar ao lado de pessoas que você não quer, ofende as emoções das pessoas. Ela ainda não desenvolveu esses vínculos, ainda existe ressentimento, desrespeito. Tudo isso, somado a essa felicidade que muitas vezes precisa ser demonstrada de uma forma que não é real, deixa a pessoa mais irritada, reativa, violenta e incomodada. Ano Novo você é obrigado a olhar para o que está por vir, para o futuro, ao mesmo tempo que olha para o passado. Isso pode não trazer nenhuma felicidade e até ser muito doloroso para muitas pessoas”, afirma a psiquiatra Camila Magalhães, especialista em transtornos de humor e também fundadora da clínica Caliandra Saúde Mental.
(AG)
Voltar com toda a saúde
Por que os casos de depressão aumentam na virada do ano? Os médicos explicam
30/12/2024
empréstimo consignado para aposentado
emprestimo consignado para aposentado
cartão consignado
app picpay
empréstimos bpc
emprestimo aposentado do inss
simular empréstimo consignado
emprestimos consignados simulação
empréstimo no picpay