O homem acusado de cometer dois estupros no Distrito Federal, em Ceilândia, em 2014, e em Cruzeiro, em 2019, identificado como João Batista Aquino Pereira da Silva, 37 anos, costumava escalar prédios para cometer crimes.
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Segundo Adriana Romana, delegada titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher I (DEAM I), antes de cometer o segundo estupro, o homem também escalou o muro e invadiu um salão de festas de um prédio localizado na Zona Econômica Sudoeste para roubar objetos. . Ele foi identificado e preso no dia 10 de setembro enquanto caminhava por uma estrada no Recanto das Emas.
Em conferência de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira (23/9), o delegado titular, na companhia de Samuel Teixeira, diretor do Instituto de Investigação Forense e ADN (IPDNA), detalhou as investigações para identificar e prender o autor dos crimes.
“Passamos vários anos investigando esses casos, porque nas duas vítimas havia material biológico que era do mesmo autor, mas não sabíamos quem era. Só agora, com essa identificação feita, conseguimos encontrar um suspeito, representar pela prisão temporária e encaminhá-lo ao IPDNA, onde foi fornecido material biológico e confirmado que era o autor.”
Investigações
Segundo o delegado, antes de estuprar uma jovem de 17 anos, em 2019, no Cruzeiro, João Batista havia invadido um salão de festas de um prédio, localizado na Zona Econômica Sudoeste, e furtado um cortador de grama e uma pochete.
Nas primeiras horas da manhã, ao entrar na casa onde morava a jovem para cometer o crime, acabou esquecendo a pochete no local do estupro, o que levou a polícia a concluir que se tratava do mesmo criminoso, já que o proprietário do bem, o porteiro do prédio, identificou o objeto. “Foi a primeira identificação da ligação do suspeito, além das imagens das câmeras de segurança, com o crime de estupro”, explicou Adriana.
Embora a relação tenha sido confirmada logo após os crimes, a tarefa de identificar e prender o autor do crime não foi fácil. Isso porque o homem morava nas ruas e nunca tinha documentos na época. A certidão de nascimento só foi emitida, segundo o delegado, em 2022, quando o suspeito foi identificado. “Não conseguimos localizá-lo porque ele mora em situação de rua. Além disso, recebemos informações de que ele estava em outro estado, no Tocantins, inclusive cometendo crimes de furto no estado. prisão para poder realizar exames e confirmar a autoria dos demais crimes”.
Em depoimento à polícia, o homem disse que cresceu em abrigos e nunca conheceu a mãe ou qualquer outro parente. “Durante o interrogatório, o suspeito contou um pouco de sua história de vida e relatou o uso de drogas e bebidas alcoólicas. Ele disse que, justamente por isso, não se lembra de ter cometido os crimes, mas que quando começou a usar crack começou ele se sente mais confiante, por isso acredita que pode ter cometido os estupros e declarou que, se o fez, responderá e pagará pelos crimes”.
Estuprador em série
Entre o primeiro e o segundo crimes de estupro se passaram cinco anos e a prisão só ocorreu este ano, uma década após a primeira ocorrência. O delegado explicou que, justamente por esse período, há suspeitas de que João Batista cometeu outros crimes.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) divulgou a imagem do autor para que possíveis vítimas possam identificá-lo e prestar queixa. “Temos 31 delegacias de bairro no DF e a denúncia pode ser feita em qualquer uma delas”, disse Adriana.
Se condenado por todos os crimes, a pena de João Batista será de mais de 20 anos, segundo o delegado.
Confira abaixo a imagem do suspeito:
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