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A Editorial Sul
| 12 de julho de 2024
Esta será a primeira vez que o ex-diretor da Abin falará sobre o caso em que é investigado.
Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Esta será a primeira vez que o ex-diretor da Abin falará sobre o caso em que é investigado. (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)
A Polícia Federal (PF) vai intimar o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) para prestar depoimento no âmbito da investigação sobre um suposto esquema de espionagem ilegal contra autoridades enquanto ele era chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Esta será a primeira vez que o ex-diretor da Abin falará sobre o caso em que é investigado.
Na quinta-feira (12), a PF realizou a quarta fase da Operação Last Mile e prendeu cinco pessoas ligadas à Ramagem, como um militar do Exército, um agente da PF cedido à Abin, um ex-assessor da Secretaria de Comunicação da Presidência, um empresário e influenciador digital.
Para a PF, a Abin no governo Ramagem era usada para espionar opositores do governo de Jair Bolsonaro (PL) e era ligada ao chamado “gabinete do ódio” para espalhar desinformação contra alvos monitorados pela “Abin paralela”.
A investigação aponta ainda que auditores da Receita Federal que investigavam uma possível “rachadinha” do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, foram monitorados e que um assessor de Ramagem ordenou que o ministro do Supremo “sentasse”. ”Federal (STF) Luís Roberto Barroso.
Em janeiro, Ramagem anunciou que foi intimado a prestar depoimento no dia 27 de fevereiro na Polícia Federal sobre o caso Abin, mas, na verdade, não fez parte daquela investigação. Ele foi questionado sobre o então ministro da Justiça, Flávio Dino.
Ramagem disse que as perguntas eram sobre suas declarações a respeito de Dino. Segundo o parlamentar, os discursos que motivaram a convocação teriam sido proferidos durante a CPI do dia 8 de janeiro.
Nesta sexta-feira (12), Ramagem utilizou as redes sociais e negou qualquer tipo de irregularidade ou suposta espionagem ilegal na Abin durante sua gestão.
Após as informações sobre a última operação da PF, fica claro que desconsideram os propósitos de uma investigação, apenas para transmitir conclusões e conjecturas superficiais à imprensa.
“A PGR (Procuradoria-Geral da República) não se mostrou favorável às prisões na operação, mas a Justiça desconsiderou a afirmação”, afirmou.
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Polícia Federal vai intimar deputado federal Alexandre Ramagem para depoimento sobre “Abin paralela”
12/07/2024
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