Polícia de São Paulo prende suspeitos de atear fogo em áreas rurais; o governo pede investigação da Polícia Federal

Polícia de São Paulo prende suspeitos de atear fogo em áreas rurais; o governo pede investigação da Polícia Federal


Lula se reuniu com a ministra Marina Silva no Centro Nacional de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Prevfogo) na tarde deste domingo (25). (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A escalada dos incêndios pelo interior do país gerou estado de alerta nos palácios do Planalto e dos Bandeirantes. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), confirmou neste domingo (25), a prisão de dois homens suspeitos de provocar incêndios em áreas rurais da região de Ribeirão Preto, agravando ainda mais a situação crítica nesta parte do interior do estado. São Paulo.

Segundo a Defesa Civil, são seis cidades que enfrentam incêndios ativos em São Paulo e 48 municípios estão em alerta máximo para incêndios. O governo Luiz Inácio Lula da Silva suspeita que os incêndios que assolam o país possam ter sido causados ​​por coordenação criminosa, o que será objeto de investigação da Polícia Federal (PF).

“Em São Paulo, não é natural, em hipótese alguma, que em poucos dias haja tantas frentes de incêndio envolvendo vários municípios simultaneamente”, disse a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante entrevista coletiva neste domingo, em Brasília. São Paulo registrou 1,8 mil focos de incêndio somente na sexta-feira (23), número recorde desde o início das medições, em 1998.

O governador Tarcísio de Freitas informou que além das duas prisões realizadas, um terceiro caso está sendo investigado pela Polícia Civil. O Estado vem sofrendo com incêndios florestais que avançam pelas cidades, causando bloqueios de estradas e interrompendo operações em aeroportos. Até o momento, os incêndios deixaram pelo menos duas mortes.

“Tivemos ações criminosas. Ontem (sábado) prisão em São José do Rio Preto, hoje pela manhã (domingo) prisão em Batatais de criminoso com ficha policial. Tinha gasolina, botou fogo, querendo piorar a situação. É algo que não vamos tolerar”, disse o governador, em entrevista coletiva em Ribeirão Preto, avaliando que as ações criminosas se somaram às condições climáticas adversas para agravar os incidentes.

Trabalho conjunto

O presidente Lula se reuniu com a ministra Marina Silva no Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) na tarde deste domingo, em Brasília, para discutir ações de combate. Lula estava acompanhado do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, do ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) e da primeira-dama Rosângela Silva.

Lula não falou com a imprensa no local, mas declarou em postagem no X, antigo Twitter, que “há pessoas ateando fogo ilegalmente, pois todos os estados do país já foram avisados ​​e proibiram o uso do manejo de fogo”. . “A Polícia Federal investigará e o governo trabalhará com os Estados no combate aos incêndios”, acrescentou.