Nubank começa testes para lançar serviço de operadora de celular

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O Nubank começará os testes para entrar no mundo dos celulares, como operadora de telefonia. O banco digital, que vinha mantendo a estratégia em total sigilo, está enviando convites a um grupo restrito para testar o “NuCel”. Em uma delas, a fintech afirma que o produto entrará no ar nas próximas semanas, em fase de testes. A ideia é corrigir eventuais falhas para agilizar o lançamento oficial, que ainda não tem data. Os testes serão realizados apenas no Brasil.

Em abril, a fintech obteve aprovação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para operar como operadora virtual utilizando a rede da Claro. O pedido foi feito entre o final do ano passado e o início deste ano, e a aprovação levou o mercado a estimar aumento de receita para a fintech, e potenciais prejuízos para as operadoras.

Além de já estar no celular dos clientes, a fintech também tem participação relevante no mercado brasileiro de recargas de planos pré-pagos, de mais de 20%. Portanto, os analistas consideram que os custos para a Nu se tornar um operador de grande escala seriam relativamente baixos.

A estratégia de operar via telefone está alinhada à busca do Nubank por novas fontes de receita, inclusive de serviços financeiros externos, como declarou publicamente seu fundador, David Vélez. No entanto, quando se tornou público em Maio deste ano, gerou opiniões divididas, com alguns analistas mais cépticos. Na época, as ações das companhias telefônicas brasileiras caíram devido ao temor da concorrência dos bancos digitais.

O lançamento da operadora móvel pode ser visto como mais um passo na estratégia do Nubank de se tornar uma plataforma digital completa. Assim como já oferece serviços financeiros, como contas digitais, cartões de crédito e seguros, a fintech poderá em breve oferecer também serviços de telefonia e internet móvel. Isto criaria um ecossistema completo onde o cliente poderia centralizar as suas necessidades financeiras e de telecomunicações numa única empresa.

MVNO

Os MVNOs não possuem antenas e infraestrutura de rede próprias, mas adquirem o direito de usar a rede de uma operadora tradicional. Dessa forma, podem oferecer serviços de telefonia móvel e dados aos seus clientes, customizando pacotes e benefícios de acordo com suas estratégias de mercado.

Esse modelo de atuação ganhou força no Brasil, pois permite que empresas de outros setores, como bancos e fintechs, entrem no setor de telecomunicações sem precisar investir na criação de rede própria.

A expansão para o mercado de telecomunicações faz sentido estratégico para a fintech, principalmente porque o Nubank já possui participação relevante no mercado de recarga de celulares pré-pagos, com mais de 20% de participação. Essa base de clientes oferece uma excelente oportunidade para o banco ampliar seus serviços e fidelizar ainda mais seus usuários.

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