Mulher que fez ataques racistas a humorista é condenada a deixar prédio

Mulher que fez ataques racistas a humorista é condenada a deixar prédio



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Justiça de São Paulo determinou que a aposentada Elisabeth Morrone e seu filho saíssem do condomínio em que moram, na região da Barra Funda, zona oeste de São Paulo, por comportamento antissocial.

Em setembro de 2022, a mulher foi acusada de fazer insultos racistas ao comediante e músico Eddy Junior, que também morava no prédio. Segundo imagens que viralizaram nas redes sociais, registradas pela vítima, Morrone chamou o vizinho de macaco e se recusou a entrar no elevador com ele.

A ação para expulsar o morador do local foi movida pelo próprio condomínio Unidos Casa e Trabalho. De acordo com a decisão da juíza Laura de Mattos Almeida, da 2ª Vara Cível de São Paulo, publicada nesta terça-feira (16/7), a mulher e o filho têm 90 dias para se mudar. Há um apelo.

O advogado Fermison Guzman Moreira Heredia, que defende Elisabeth, disse que vai recorrer. “A decisão é omissa e o requerente recorrerá. Além disso, não houve sentença transitada em julgado, razão pela qual não se trata de sentença definitiva”, afirmou.

A restrição não retira os direitos de propriedade de Morrone, apenas a impede de morar lá. A mulher pode alugar ou vender o apartamento normalmente, por exemplo.

Na ação, o juiz lembra que o condomínio multou quatro vezes o aposentado por perturbar o sossego, ameaçar, perder página do livro de ocorrências e insultar o humorista, entre outros.

“As provas documentais e testemunhais colhidas no caso não deixam dúvidas sobre o comportamento antissocial do condômino, refletido nas repetidas denúncias infundadas registradas no livro de ocorrências do condomínio, aliadas à conduta agressiva, perseguição e insultos racistas do filho contra o morador da unidade 54 do bloco A, mostrado no vídeo por ele feito e amplamente divulgado na internet, o que gera incompatibilidade de convivência com os demais condôminos”, escreveu o juiz na decisão.

Segundo o advogado Diego Basse, que representa o condomínio, a acusação de racismo foi a gota d’água de uma série de comportamentos antissociais.

“Ela já havia sido avisada diversas vezes. O condomínio já havia autuado ela e na reunião subsequente votou pela nova multa e pelo pedido de expulsão do prédio feito à Justiça”, afirma. “Havia direito de defesa no âmbito administrativo do condomínio.”

No processo, a defesa cita que a aposentada é idosa (tinha 69 anos na época dos fatos) e mora com o filho especial, que tem retardo mental. Diz ainda que Morrone sofreu com o comportamento do vizinho, que fazia “barulho praticamente todas as noites, ligando o som e arrastando móveis”, e que esse teria sido o motivo da ofensa racista.

Na época, a defesa disse que a mulher estava sob efeito de medicamentos durante as agressões.

Lembre-se do caso

Na noite de 19 de outubro de 2022, Eddy registrou denúncia de insultos raciais e racismo na Decradi (Delegacia de Crimes e Intolerância Raciais).

Em seu depoimento, afirmou que, na manhã anterior, desceu para passear com o cachorro e, ao sair do elevador, se deparou com Morrone, que começou a insultá-lo.

“Seu negrinho, abutre, seu diabo negro, vagabundo, seu macaco, bandido, ladrão, você está me seguindo”, teria dito ela, segundo informações do boletim de ocorrência. Parte das ofensas foi registrada pelo humorista em vídeo.

A moradora já vinha acusando a vizinha de invadir seu apartamento e roubar objetos. Essas acusações, no entanto, foram negadas pelo condomínio.

A perseguição a Eddy começou em abril daquele ano, segundo o artista. Ele ainda registrou boletim de ocorrência contra a aposentada e seu filho no dia 7 de setembro.

Anteriormente, no dia 2 de setembro, o síndico também registrou boletim de ocorrência na 23ª DP (Perdizes), no qual afirmava que o filho de Morrone havia ameaçado Eddy de morte com uma faca. O episódio foi registrado por câmeras de monitoramento.



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