SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Justiça de São Paulo converteu em preventiva a prisão em flagrante do empresário Igor Ferreira Sauceda, 27, que atropelou e matou o motoboy Pedro Kaique Ventura Figueiredo, 21, na madrugada desta segunda-feira (29/7), em São Paulo Paulo.
A decisão foi tomada em audiência de custódia realizada na tarde desta terça-feira (30/07) no Fórum Criminal da Barra Funda.
Figueiredo foi sepultado na manhã desta terça-feira. Ele teria sido perseguido pelo empresário após supostamente chutar e quebrar o retrovisor esquerdo do Porsche.
Sauceda afirmou, segundo o boletim de ocorrência, que seguiu Figueiredo pela Avenida Interlagos e, no número 7.530, o motoboy mudou de faixa abruptamente e entrou na frente do veículo. Ele disse que tentou desviar para a direita, mas não conseguiu escapar e bateu na traseira da motocicleta. Com o impacto, a moto e o Porsche também atingiram uma árvore e um poste.
O motociclista foi socorrido em estado grave pelo Corpo de Bombeiros e levado ao Hospital do Grajaú, onde faleceu.
Ainda segundo o BO, Sauceda foi submetido ao teste do bafômetro, que deu negativo. Ele foi levado ao 48º DP (Cidade Dutra), prestou depoimento e foi preso em flagrante.
O delegado Edilzo Correia Lima afirmou que o motorista do Porsche deve ser responsabilizado por homicídio doloso, considerando possível dolo (quando se assume o risco de matar).
O advogado Carlos Bobadilla, que defende Igor Sauceda, classificou o caso como fatalidade.
“Igor estava voltando para casa com a namorada, Igor não havia consumido nenhuma bebida alcoólica, nenhum entorpecente e, infelizmente, ocorreu essa fatalidade. Ele não fez absolutamente nada de errado que pudesse legitimar a conduta de homicídio doloso, como disse o delegado. apurados durante as investigações”, disse o advogado.
O empresário afirmou não saber o motivo que teria levado o motociclista a bater no retrovisor do carro, mas diz ter constatado a “atitude suspeita”, já que dias antes, na mesma região, teriam jogado um objeto para a estrada para que ele fosse forçado a parar o carro.
A investigação, segundo o delegado, aponta para um momento de fúria.
“Acreditamos que ele teve um momento de raiva e perseguiu o motociclista, acabando por atropelá-lo. O momento de raiva foi devido ao motociclista ter batido no retrovisor. Trata-se de possível dolo por motivo fútil”, afirmou.
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