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A Editorial Sul
| 20 de novembro de 2024
Segundo Pimenta, Lula e outras autoridades receberam com perplexidade a informação sobre a Operação Contragolpe.
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
(Foto: Lula Marques/ABr)
O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, disse que as informações divulgadas nesta terça-feira (19), durante a Operação Contragolpe, da PF (Polícia Federal), mostram “claramente a participação direta do núcleo de o governo Bolsonaro” na suposta tentativa de golpe de Estado que culminaria nos assassinatos do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
Pimenta fez referência a trechos de documentos divulgados pelo STF, citando reuniões anteriores às ações penais. Uma delas teria acontecido no dia 12 de novembro de 2022 na casa do general Walter Braga Netto.
Ministro da Casa Civil durante o governo Bolsonaro, Braga Netto também foi candidato a vice-presidente na chapa do ex-presidente. Uma das reuniões mencionadas no documento contou com a presença do ex-ajudante de campo de Bolsonaro, Mauro Cid, e do ex-assessor presidencial Marcelo Câmara – ambos tenentes-coronéis do Exército.
Segundo Pimenta, as investigações mostram que o grupo que planejou o golpe e os assassinatos tinha claramente o objetivo de, através da força, impedir o cumprimento da vontade popular expressada na eleição que elegeu Lula presidente.
“A suspeita da PF é que as reuniões possam ter ocorrido dentro da casa de Braga Netto, que nada mais é do que a figura que foi candidato a vice-presidente e que coordenava uma casa, lá em Brasília, que funcionava como sede inclusive para organização de acampamentos . São fatos gravíssimos que levam a outra dimensão e a outro patamar a participação direta do núcleo do governo Bolsonaro na ação”, argumentou Pimenta nesta terça-feira durante a Cúpula do G20 no Rio.
“Só não tivemos uma tragédia por causa de um detalhe, que poderia ter acontecido no dia 8 de janeiro. Poderia ter acontecido no dia em que tentaram explodir o aeroporto”, disse Pimenta.
“E também poderia ter acontecido se esta Operação Punhal Verde Amarelo tivesse tido sucesso, com a ousadia de matar o Presidente da República e o seu vice-presidente. Na reportagem, falam sobre a necessidade de aniquilar o partido, então formado pelo presidente Lula e Alckmin, além de sequestrar Alexandre de Moraes para tirar sua vida. Segundo eles, havia necessidade de os três serem aniquilados, serem massacrados, para que a ação criminosa atingisse o seu objetivo”, acrescentou.
Segundo Pimenta, Lula e outras autoridades receberam a informação sobre a Operação Contragolpe com perplexidade “pela gravidade, pelos envolvidos, pela audácia e pelo risco à democracia”.
“Provavelmente temos, pela primeira vez, informações sobre a participação de dirigentes da ativa e também de integrantes da PF. Todos eles, pessoas muito próximas do núcleo de poder do governo anterior. Utilizando o computador de Mauro Cid, a PF encontrou os detalhes dessa operação, que teve como objetivo assassinar o presidente da República, o vice-presidente e também o ministro Alexandre de Moraes”, reiterou Pimenta.
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Ministro Paulo Pimenta aponta participação do governo Bolsonaro em suposto planejamento de golpe e assassinatos
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