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A Editorial Sul
| 2 de dezembro de 2024
A decisão foi tomada após os envolvidos confessarem culpa
Foto: Reprodução
A decisão foi tomada após os envolvidos confessarem culpa. (Foto: Reprodução)
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli encerrou a investigação contra brasileiros acusados de hostilidades contra o ministro Alexandre de Moraes e sua família no aeroporto de Roma, na Itália, em julho de 2023. A decisão foi tomada após os envolvidos confessarem culpa e apresentarem pedido formal de retratação pelos atos praticados.
“Considerado o contexto único que envolve os fatos narrados na denúncia e a confissão dos crimes cometidos pelos acusados (retratação), declaro extintas as suas penas”, afirmou Toffoli na decisão.
O episódio aconteceu quando o magistrado estava em Roma para uma palestra, acompanhado do filho. Na ocasião, Andréa Mantovani insultou o ministro, chamando-o de “bandido, comunista e comprado”. Em seguida, Roberto Mantovani Filho agrediu fisicamente o filho de Moraes, atingindo-o no rosto e arrancando os óculos do menino. Alex Zanatta Bignotto também participou dos insultos.
Em julho, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Roberto Mantovani Filho pelos crimes de calúnia, injúria e injúria régia. Andréa Munarão e Alex Zanatta Bignotto foram denunciados por calúnia e injúria. Segundo a PGR, as ofensas foram públicas e deliberadas, com o objetivo de constranger o ministro devido às suas funções judiciais.
Segundo o Ministério Público, os acusados ofenderam Moraes com insultos como “bandido”, “comprado”, “comunista” e “ladrão” e “fraudador eleitoral”. As infrações ocorreram quando o ministro, a esposa e os três filhos estavam na sala de embarque do aeroporto.
A defesa dos acusados, representada por advogados da família Mantovani, apresentou pedido de retratação ao STF na última quarta-feira (27). No pedido, os réus reconheceram os crimes cometidos e pediram desculpas formalmente por suas ações. “Roberto Mantovani Filho, Andreia Munarão e Alex Zanatta Binotto, denunciados, abaixo assinados, nos autos do referido inquérito policial, comparecem, reverentemente, na presença de Vossa Excelência, a fim de, em relação aos fatos ocorridos no aeroporto de Roma , retratar com as vítimas.”
De acordo com a legislação penal, a retratação antes do julgamento pode eliminar a punição para crimes como a calúnia. Toffoli acatou o pedido, considerando o reconhecimento dos atos e a confissão dos acusados como elementos suficientes para extinguir as penas.
“Considerando o contexto único que envolve os fatos narrados na denúncia e a confissão dos crimes cometidos pelos acusados (retratação), declaro extintas as suas penas”, decidiu Toffoli.
Esta decisão está de acordo com as normas legais que prevêem a extinção da pena nos casos de retratação válida antes da sentença.
“A defesa vê o Min. A decisão de Dias Toffoli foi muito positiva, o que elimina a punibilidade dos fatos, com o consequente arquivamento dos autos da investigação. Caso encerrado! disse o advogado de defesa Ralph Tórtima.
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Ministro Dias Toffoli presta queixa contra trio que assediou Alexandre de Moraes em aeroporto
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