Ministro de Minas e Energia diz que o horário de verão é “possibilidade real” e pode voltar em novembro

Ministro de Minas e Energia diz que o horário de verão é “possibilidade real” e pode voltar em novembro


Em entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (02), o ministro Alexandre Silveira destacou que a situação hídrica é alarmante e requer atenção

Foto: Joseph Redfield/Pexels

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse mais uma vez que a volta do horário de verão é uma “possibilidade real”, mas que a decisão ainda não foi tomada. Segundo ele, o martelo só será derrubado se o cenário de seca no Brasil não melhorar e isso deve ficar para novembro.

“O horário de verão é uma possibilidade real, mas a decisão ainda não foi tomada; Reuni-me com as companhias aéreas, se a situação atual não melhorar nos próximos dias, a possibilidade do horário de verão poderá tornar-se uma realidade muito premente”, disse.

Em entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (02), Silveira destacou que a situação hídrica é alarmante e requer atenção. O ministro defendeu ainda a utilização do saldo da conta bandeira para reduzir a conta de luz.

“O ministro equilibra sempre entre segurança energética e tarifas razoáveis, e a segurança energética é mais importante do que a mobilidade tarifária. Vivemos a maior crise hídrica dos últimos 74 anos”, destacou.

Dados do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais) mostram que o volume atual de água é o menor desde que as previsões começaram a ser registradas, em 1950.

As discussões sobre a possível implementação do horário de verão começaram no início de setembro, quando o governo começou a avaliar alternativas para economizar energia diante da seca. O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) já recomendou que o regresso do horário de verão seja “prudente e viável”, tendo em conta o planeamento para os anos de 2025 e 2026.

“A hora de verão é muito transversal e a decisão tem de ser tomada com muita responsabilidade. Mesmo com sinalizações positivas do ONS, para a possibilidade de um possível retorno desta política pública”, frisou.

A questão do horário de verão não é nova. A prática foi suspensa em 2019, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, que alegou que a decisão foi tomada com base em estudos sobre economia de energia e impactos no relógio biológico da população. Desde então, a discussão sobre sua eficácia e necessidade continua gerando polêmica.