Ministro das Relações Exteriores do Brasil espera que conversa entre Biden e Netanyahu reduza violência no Oriente Médio

Ministro das Relações Exteriores do Brasil espera que conversa entre Biden e Netanyahu reduza violência no Oriente Médio


Vieira reforçou a intenção do Brasil de negociar a paz na região.

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Vieira reforçou a intenção do Brasil de negociar a paz na região. (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, espera que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, possa contribuir para reduzir a escalada da violência no Líbano. Vieira participou do programa Bom dia, Ministro, no Canal Gov, e falou sobre o conflito no Oriente Médio e a disposição do Brasil em negociar a paz na região.

“Espero que a conversa telefónica do presidente Biden com o primeiro-ministro de Israel tenha efeito, da mesma forma que o governo russo pode, nas suas interações e conversas com o governo iraniano, conter o ataque ou outro tipo de ação militar. Porque ninguém ganha com isso. Só haverá mais mortes e perdas, incluindo perdas de infraestrutura nos países”, disse o chanceler.

Segundo agências de notícias internacionais, Biden deverá ligar para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netayahu, nesta quarta-feira (9), para falar sobre os planos de Israel para atacar o Irã. Há expectativa de retaliação de Israel a um ataque iraniano ocorrido na semana passada. Este ataque, no entanto, não resultou em mortes.

Vieira reforçou a intenção do Brasil de negociar a paz na região. “O número de mortos no conflito na Palestina já ultrapassou os 41 mil. No Líbano já existem 1,2 milhões de deslocados, são mais de 2 mil mortes. É isso que o Brasil, pela sua tradição diplomática, tenta evitar, tenta combater, critica e está sempre pronto para dialogar com qualquer país que queira trabalhar por uma solução pacífica e negociada para todas as diferenças”.

Resgate de brasileiros

O ministro reforçou as estimativas do governo brasileiro de resgatar 3 mil brasileiros que vivem no Líbano. Segundo ele, grande parte dos 20 mil brasileiros que vivem no país entrou em contato com a embaixada brasileira. “Acredito que até a realização dos voos alguns vão desistir por motivos diversos, mas me arrisco a projetar cerca de 3 mil, que vão precisar desse apoio do governo brasileiro, que será dado”. Um terceiro voo já está a caminho de Beirute, onde permanecerá cerca de 3 horas para os brasileiros embarcarem e depois retornarem.