Ministro comenta o fechamento do escritório do X, ex-Twitter: “Bye, bye, Elon Musk”

Ministro comenta o fechamento do escritório do X, ex-Twitter: “Bye, bye, Elon Musk”


O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, foi o autor da postagem. (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, fez uma postagem ironizando Elon Musk após a rede social X (antigo Twitter), pertencente ao bilionário, anunciar o fechamento de seu escritório no Brasil. Em seu perfil, o político publicou, na noite deste sábado (17), “Bye Bye @elonmusk”.

Paulo foi o primeiro entre os ministros de Lula a comentar o caso. A rede social acusa o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de ameaçar seus funcionários de prisão e anunciou que fechará seu escritório no Brasil. Porém, a plataforma continuará disponível para usuários brasileiros.

O empresário Elon Musk, dono da

Os políticos da esquerda e da direita reagiram aos discursos de Musk. O senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou que “é inaceitável que um bilionário estrangeiro queira chantagear o Estado brasileiro, exigindo o impeachment de um membro do Supremo, como se fôssemos uma extensão de sua empresa”.

O deputado estadual Nikolas Ferreira (PL-MG) convidou o empresário para uma manifestação no dia 7 de setembro contra Alexandre de Moraes, que respondeu dizendo “não há dúvida de que Moraes precisa sair”.

Suspensão de perfil

Oficialmente, X informou que o encerramento de sua operação no Brasil se tornou necessário porque Moraes ameaçava prender representantes da empresa por se recusarem a cumprir suas ordens confidenciais de suspensão de perfis e pagamento de multas. João Brant, secretário de Políticas Digitais da Presidência da República, não demorou a defender a atuação do STF e a acusar X, em postagem no próprio X, de ignorar ordens judiciais e fugir de intimações para forçar “uma pena” e “ desempenhar no STF o peso político de uma decisão que tem base comercial”.

A OX e todas as outras big techs têm a obrigação de se submeter à legislação brasileira e respeitar as decisões judiciais. Eles não podem fazer o que querem. Mas isto não significa que os abusos e os métodos questionáveis ​​das autoridades judiciais não devam ser denunciados e debatidos. Ao adotar a defesa intransigente das ações do STF contra X, o secretário Brant e outros membros do governo alimentam a narrativa bolsonarista de que Moraes atua em conluio com o governo Lula contra seus adversários políticos.

E reforçam a suspeita de que a política digital do governo, sob as belas palavras de “promover a liberdade de expressão, o acesso à informação, combater a desinformação e o discurso de ódio na Internet”, serve interesses partidários e não de Estado. As informações são dos jornais Estado de Minas e Estado de S. Paulo.