Ministra do Planejamento afirma que o governo tem uma semana para avisar quanto vai gastar e de onde vai cortar

Ministra do Planejamento afirma que o governo tem uma semana para avisar quanto vai gastar e de onde vai cortar


Simone Tebet confirmou congelamento de gastos de cerca de R$ 15 bilhões

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Simone Tebet confirmou o congelamento de gastos de cerca de R$ 15 bilhões. (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, garantiu que a distribuição dos cortes nos gastos públicos, que somam R$ 15 bilhões, será informada em decreto presidencial no dia 30 deste mês, após o relatório bimestral que avalia o comportamento dos receitas e despesas.

“Temos uma semana para informar aos órgãos sectoriais quanto vamos gastar, onde vamos cortar, de onde vamos tirar e quem vai ficar com o maior corte”, afirmou o ministro. “Isso será anunciado na data certa, com decreto presidencial, no dia 30”, continuou.

Tebet disse que, com os detalhes, algumas despesas não terão retorno e outras, “dependendo da receita ou da revisão das despesas ainda este ano”, poderão ser desfinanciadas: “O bloqueio é um pouco mais difícil”.

Na segunda-feira (22), o Ministério do Orçamento e Planejamento confirmou o congelamento de gastos de cerca de R$ 15 bilhões, com R$ 11,2 bilhões bloqueados em recursos orçamentários e contingenciamentos de R$ 3,8 bilhões. Depois de dividir o bloqueio e o contingenciamento por ministério, as pastas definirão os programas e obras afetados.

O ministro enfatizou que é preciso fechar a LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2024 com meta zero. “Depende de termos uma revisão de gastos em torno de R$ 9 bilhões. Isso estava na nossa programação. Vai ficar mais claro no segundo semestre”, declarou.

Ainda sobre os detalhes dos cortes, Tebet destacou que, na próxima semana, “para onde irá cada ponto do Atestmed, ProAgro, Seguro Defeso e todas as apólices e algumas outras que não estavam na LOA 2024”.

“Vamos mostrar por A mais B onde estará a economia na revisão de gastos de R$ 9 bilhões para este ano”, afirmou, acrescentando que os detalhes são um pedido do presidente Lula. “Esse foi um pedido do próprio presidente Lula: quando ele explica, a sociedade entende.”